EUA estudam impor zona de exclusão aérea sobre a Síria
Escalada das tensões na fronteira com a Turquia aumentou a preocupação dos americanos com o risco do conflito se espalhar para outros países da região
Preocupados com a escalada das tensões entre Síria e Turquia e com a crescente brutalidade do regime de Bashar Assad contra a população, os EUA estudam a possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea sobre o país, assim como ocorreu durante o conflito líbio no ano passado.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Continuamos mirando todas as opções para colocar um fim à violência”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland. Em entrevista coletiva, ela não descartou a imposição de uma zona de exclusão aérea na região do conflito – proposta que tem o apoio de diversos congressistas americanos -, mas deixou claro que nenhuma decisão sobre o tema havia sido tomada ainda.
Nuland também expressou preocupação com a constante troca de bombardeios entre Turquia e Síria nos últimos dias. “Isto é extremamente perigoso e ressalta nossas advertências sobre o risco deste conflito ultrapassar as fronteiras”, afirmou.
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Auxílio – Até agora, os EUA responderam ao conflito com 132 milhões de dólares em ajuda humanitária e quase 45 milhões em assistência “não letal” à oposição política não armada dentro e fora do país. De acordo com alguns relatórios, no entanto, os americanos também ajudam no fornecimento de armas para os rebeldes sírios por intermédio de outros países, como Arábia Saudita e Qatar.
(Com agência EFE)