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EUA e Reino Unido atacam Iêmen por ar e mar em meio à guerra em Gaza

Operação de retaliação contra os rebeldes houthi, aliados do Hamas, pode fazer o conflito transbordar para outros países do Oriente Médio

Por Da Redação
Atualizado em 12 jan 2024, 17h04 - Publicado em 12 jan 2024, 08h43

Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram um complexo ataque contra o Iêmen na madrugada desta sexta-feira, 12, usando aviões de guerra, navios e submarinos. A operação ocorreu em retaliação contra as forças rebeldes iemenitas, os houthis, que são financiados pelo Irã e aliados do Hamas. Nas últimas semanas, os houthis têm realizado bombardeios contra navios no Mar Vermelho, perturbando as rotas comerciais marítimas, como forma de apoio à facção palestina em Gaza. Teme-se que a participação dos americanos e britânicos faça o conflito transbordar para outros países do Oriente Médio, criando uma guerra regional.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o alvo dos ataques era uma base militar próxima ao aeroporto de Sanaa – a capital do Iêmen, dominada pelos rebeldes –, além de uma instalação militar perto do aeroporto de Taiz, uma base naval houthi na cidade de Hodeidah e locais ligados aos militantes na província de Hajjah.

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“Estes ataques direcionados são uma mensagem clara de que os Estados Unidos e os nossos parceiros não tolerarão ataques ao nosso pessoal nem permitirão que atores hostis ponham em perigo a liberdade de navegação”, disse o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Contabilização dos danos

Os houthis comunicaram que cinco dos seus combatentes foram mortos, devido ao que foi um total de 73 ataques aéreos. Washington, por sua vez, declarou que mais de uma dúzia de alvos não eram apenas simbólicos, mas pretendiam enfraquecer as capacidades militares dos rebeldes.

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A facção iemenita prometeu retaliação pelos ataques americanos e britânicos e afirmou que continuaria seus disparos contra embarcações no Mar Vermelho, que o próprio grupo descreve como uma maneira de apoiar os palestinos contra Israel.

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Após a operação, o Ministério da Defesa britânico disse que os primeiros indícios demonstravam que “a capacidade dos houthis de ameaçar navios comerciais sofreu um golpe”. James Heappey, um ministro júnior da Defesa, completou que nenhuma ação adicional foi planejada – por enquanto.

Caos no Mar Vermelho

Os houthis são um grupo armado em guerra civil contra o governo oficial do Iêmen desde 2014. Eles controlam a maior parte do país e têm usado suas posições privilegiadas para realizar ataques contra as rotas marítimas na foz do Mar Vermelho, rota entre Europa e Ásia, por onde passa cerca de 15% do comércio marítimo mundial.

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Os Estados Unidos e aliados criaram uma força-tarefa naval para a área em dezembro, e a situação agravou-se nos últimos dias.

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Helicópteros americanos atacaram diretamente os houthis pela primeira vez na véspera de Ano Novo, afundando três barcos e matando combatentes que tentaram abordar um navio comercial. Na terça-feira 9, os Estados Unidos e o Reino Unido abateram 21 mísseis e drones dos rebeldes, no que descreveram como o maior ataque lançado do Iêmen até agora, cujo alvo direto eram os seus navios de guerra.

O Irã, que apoia grupos armados em todo o Oriente Médio, incluindo tanto os houthis como os militantes do Hamas que controlam Gaza, condenou os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido.

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