EUA e França estão decididos a ‘acabar o trabalho’ na Líbia
Presidentes Barack Obama e Nicolas Sarkozy voltam a defender saída de Kadafi
Estados Unidos e França estão determinados a “acabar o trabalho” na Líbia, declarou o presidente americano, Barack Obama, após se reunir nesta sexta-feira com o colega francês, Nicolas Sarkozy. “Compartilhamos a mesma análise: Kadafi deve deixar o poder. O povo líbio tem direito a um futuro democrático”, acrescentou Sarkozy, em Deauville, na França, no segundo e último dia da cúpula do G8.
Em breve declaração ao término do encontro com Sarkozy, Obama afirmou que ambos os governos concordam que foram obtidos progressos na campanha da Otan na Líbia para proteger a população civil, mas que o objetivo desta missão não poderá ser atingido totalmente se Kadafi permanecer no poder. “Não se pode cumprir o mandato da ONU – que autorizou a operação militar – enquanto Kadafi permanecer na Líbia dirigindo atos de agressão contra o povo líbio”, disse.
O caso líbio e demais revoltas do mundo árabe devem dominar nesta sexta-feira o encontro dos países mais industrializados do mundo. O grupo deve respaldar o discurso de Obama em apoio à democracia no Oriente Médio e no norte da África. Na quinta-feira, o Fundo Monetário Internacional anunciou em nota ao G8 que estuda fornecer empréstimos de até 35 bilhões de dólares aos países árabes.
A primavera árabe foi também um dos temas dominantes na passagem de Obama por Londres, onde se reuniu com o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Na ocasião, eles reafirmaram que Kadafi “representa o passado” e deve deixar o poder, acrescentando que as ações na Líbia são uma carga que os dois países não podem bancar sozinhos. Após o encerramento da cúpula do G-8, Obama partirá rumo à Polônia, a última etapa de sua viagem de seis dias pela Europa.
(Com agência EFE)