EUA e China irão debater cibersegurança em julho
Os encontros, que serão em Pequim, também servirão para os países discutirem sobre crise no Oriente Médio e o programa nuclear da Coreia do Norte
Os Estados Unidos farão uma reunião sobre cibersegurança com a China no próximo mês, disse nesta quinta-feira o secretário-assistente de Estado, Daniel Russel. O funcionário da diplomacia americana adiantou que a Casa Branca quer retomar as discussões sobre o assunto durante uma reunião no diálogo anual sobre segurança e economia, em Pequim, na segunda semana de julho.
As relações entre China e EUA também têm enfrentado turbulências por conta das posições de Pequim em disputas territoriais no Mar do Sul e no Mar do Leste da China. Russel, o principal diplomata dos EUA para o Leste Asiático, reiterou essas preocupações, afirmando ser essencial a China utilizar a diplomacia, e não a intimidação, para resolver as diferenças. Russel ainda explicou que a tensão no Iraque, exigindo que os EUA redirecionem a atenção militar para a região no curto prazo, não altera o fato de que a Ásia e o Pacífico são prioridades dos EUA nas áreas de segurança, economia e política.
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A delegação americana que será enviada a Pequim será liderada pelo Secretário de Estado, John Kerry, e pelo Secretário do Tesouro, Jack Lew. Pelo lado chinês, a reunião será presidida por Wang Yi, o ministro de Relações Exteriores. EUA e China devem discutir a tensão no Oriente Médio, o programa nuclear da Coreia do Norte, a cooperação na mudança climática, e os EUA devem tocar no assunto de direitos humanos. Os governos também devem conversar sobre questões econômicas e comerciais, incluindo progressos em um tratado de investimento bilateral, que a China aceitou negociar no encontro do ano passado.
Russel afirmou que os EUA também demonstrarão preocupação sobre ciberespionagem, especificamente sobre o roubo de dados de empresas americanas por militares chineses. O governo americano afirma que esses dados são compartilhados com estatais chinesas para ganhos comerciais ilegais. “Esse é um problema que nós acreditamos que os chineses devem e podem resolver”, afirmou.
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Em maio, os EUA acusaram cinco militares chineses de invadirem o banco de dados de companhias americanas para desvendarem segredos comerciais. A China negou a acusação e, dias depois, publicou um amplo relatório contra a ciberespionagem dos EUA, citando dados vazados pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden.
(Com Estadão Conteúdo)