Medidas devem atingir funcionários do governo venezuelano, que terão a entrada nos EUA proibida e o congelamento de bens em território americano
Por Da Redação
30 jul 2014, 07h56
O Departamento de Estado americano planeja anunciar nesta quarta-feira novas sanções contra a Venezuela por causa das mortes nas manifestações de fevereiro no país sul-americano. Assessores do Congresso informados sobre os planos disseram que militares do alto escalão, a Guarda Nacional, policiais e políticos da Venezuela estão incluídos na lista de sanções, que prevê, entre outras medidas, a revogação do visto americano.
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O pacote preliminar de medidas restritivas contra a Venezuela foi aprovado em maio, quando a Câmara dos Deputados dos EUA deu aval, sem oposição, para as sanções. As medidas determinavam que o governo americano elaborasse uma lista com nomes de autoridades venezuelanas. Elas teriam sua entrada negada nos EUA e sofreriam o congelamento de ativos que estejam em território americano.
O texto já havia sido aprovado por unanimidade na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, e foi defendido por deputados democratas e republicanos. Um texto semelhante, que também determina sanções contra altos funcionários do país, foi aprovado na Comissão de Relações Exteriores do Senado e posteriormente no próprio Senado. Como os dois textos aprovados tinham diferenças, eles foram submetidos a uma comissão que unificou as propostas.
De acordo com deputado democrata Joaquín Castro, “não há um mecanismo nesta lei que possa afetar negativamente os venezuelanos comuns”. Castro disse que as mais de 40 mortes registradas nas manifestações na Venezuela são uma “catástrofe absoluta”. O parlamentar ainda destacou a grande flexibilidade que o pacote fornece ao presidente Barack Obama, ressaltando que as sanções podem ser suspensas “a qualquer momento”.
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Protestos – Em fevereiro, milhares de venezuelanos foram às ruas para protestar contra a crescente onda de crimes, escassez de produtos e inflação. Os protestos foram repreendidos e resultaram na morte de mais de 40 pessoas, além de mais de 700 feridos. O Observatório dos Direitos Humanos concluiu que as forças de segurança da Venezuela utilizaram força excessiva contra manifestantes desarmados, inclusive com uso indiscriminado de munição de verdade, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. O observatório também acusou o governo de tortura.
A relação entre EUA e Venezuela também estremeceu nos últimos dias após os americanos não conseguirem a extradição do general Hugo Carvajal, detido em Aruba. Ele era procurado pelos EUA sob a acusação de tráfico de drogas, mas foi liberado no domingo e retornou a Caracas.
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(Com Estadão Conteúdo)
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