EUA detectam sinais de teste nuclear na Coreia do Norte
Serviço Geológico americano reportou tremor de 4,9 graus no país asiático - um sinal de que o regime norte-coreano pode ter cumprido sua ameaça atômica
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul detectaram atividade sísmica na Coreia do Norte e temem que o governo de Pyongyang possa ter cumprido a promessa de realizar um novo teste nuclear. Seul indicou que o tremor no país vizinho possivelmente tem origem artificial e atingiu 4,9 graus de magnitude. O Serviço Geológico americano identificou o epicentro do abalo em um local próximo ao terreno onde a Coreia do Norte realizou seus dois teste anteriores, em 2006 e 2009. A agência de notícias sul-coreana Yonhap considera “altamente provável” que Pyongyang tenha mesmo realizado o teste.
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Apesar de ainda não ter se pronunciado oficialmente, o regime de Kim Jong-un vinha, nas últimas semanas, repetindo as ameaças de seguir adiante com um teste nuclear, tendo como alvo o “inimigo jurado do povo norte-coreano”, os Estados Unidos. A Coreia do Norte subiu o seu tom bélico e provocativo após as sanções contra o país no Conselho de Segurança da ONU, ampliadas depois do teste com um míssil de longo alcance em dezembro.
Detecção – Logo após a detecção do provável teste, os vizinhos do país comunista, Japão e Coreia do Sul, eleveram os seus níveis de alerta militar e convocaram reuniões de emergência para discutir a questão. De acordo com o jornal New York Times, Estados Unidos e Japão enviaram para a região aviões com sensores de radiação para confirmar o teste nuclear.
Um funcionário do ministério da Defesa da Coreia do Sul disse à agência EFE que o governo de Seul tem certeza que o teste foi sim realizado. Especialistas do país estimam que o tremor foi provocado por uma detonação com potência entre seis e sete quilotons – maior do que a dos dois testes anteriores, mas inferior à bomba de treze quilotons lançada sobre Hiroshima, em 1945.
China – Caso Pyongyang tenha mesmo realizado o teste nuclear, o regime norte-coreano terá ignorado não apenas as reiteradas advertências da ONU e de potências como Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, mas também desrespeitado uma orientação de seu principal aliado, a China. No final de janeiro, um editorial do jornal Global Times – controlado pelo Partido Comunista chinês – afirmou que o gigante asiático não hesitaria em cortar sua ajuda à Coreia do Norte caso o regime de Kim Jong-un seguisse adiante com suas ameaças de um teste atômico.
(Com agência EFE)