Etiópia rejeita pedido da Anistia Internacional de prender George Bush
Bush é acusado de ter autorizado métodos de tortura nos Estados Unidos, durante a chamada "guerra contra o terrorismo"
O Governo da Etiópia rejeitou neste domingo o pedido da Anistia Internacional (AI) de prender o ex-presidente americano George W. Bush, que realiza uma visita nesse país, acusando-o de “crimes” e “tortura”. ‘A Anistia Internacional não tem jurisdição e autoridade para emitir ordens de detenção’, declarou o porta-voz do Governo etíope Shimeles Kemal.
Bush é acusado de ter autorizado métodos de tortura nos Estados Unidos sob o lema da guerra contra o terrorismo nos anos 2000. ‘Por nossa amarga experiência com a Anistia, seu programa não está justificado. Ninguém deveria considerar essa decisão’, acrescentou Kemal. Bush chegou neste domingo à Etiópia, após ter passado pela Tanzânia e pela Zâmbia para conscientizar a população na luta contra a Aids e o câncer de colo do útero, doenças que provocam milhares de mortes a cada ano na África.
Antes da viagem do ex-presidente americano, a AI tinha solicitado a esses três países a detenção de Bush por ter ‘autorizado a prática do waterboarding’, uma técnica de interrogatório que recorre ao sufocamento simulado e que muitos consideram como uma forma de tortura.
Da mesma forma que a Etiópia, a Zâmbia também desprezou o pedido da organização defensora dos direitos humanos. Entre outros compromissos de sua agenda na Etiópia, Bush deve participar da 16º Conferência Internacional sobre a Aids e as Infecções sexualmente transmissíveis (ICASA), que devem começar neste domingo em Adis Abeba.
(Com Agência EFE)