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Bilbao (Espanha), 9 jul (EFE).- A organização terrorista ETA mantém sua decisão de cessar sua atividade armada, adotada em 20 de outubro do ano passado, e afirma que está redobrando ‘esforços para abrir vias de diálogo’, segundo informou em comunicado.
Divulgado nesta segunda-feira pelo site do ‘Gara’, um jornal basco ligado ao grupo, o texto da ETA critica a atuação dos governos espanhol e francês por considerar que ‘além de rejeitarem o diálogo, mantiveram uma estratégia de paralisar e pôr obstáculos ao processo’.
A nota também condena as ações do do PNV (Partido Nacionalista Basco) e do PSOE, partido que estava no poder na Espanha até a vitória do PP, no ano passado.
Outra crítica da organização terrorista foi ao plano de reinserção dos presos por crimes de terrorismo do governo central, que segundo a ETA ‘pretende legitimar a situação de exceção que os presos sofrem e visa bloquear qualquer possibilidade de avanço’.
Por sua vez, o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, afirmou que o único comunicado da ETA que o governo espanhol espera e exige é o de sua ‘dissolução incondicional’.
Na nota, a ETA faz uma leitura dos quase nove meses que se passaram desde a declaração dada em outubro de 2011 por um grupo de personalidades internacionais que pediu à organização terrorista o fim da violência e, aos partidos políticos, o início de um diálogo. Dias depois, o grupo anunciou o cessar definitivo de suas ações terroristas.
No comunicado divulgado hoje, a ETA diz que ‘infelizmente durante estes meses vimos que o rumo da solução conta também com inimigos. Os governos espanhol e francês não deram resposta positiva alguma’.
Para a organização, ‘os serviços de inteligência, as forças armadas de Espanha e França, diversos juízes, associações sedentas de vingança e determinados meios de comunicação querem frustrar a ‘oportunidade de paz’. EFE