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Estudantes chilenos realizam grande manifestação em Santiago

Por Martin Bernetti
22 set 2011, 20h42

Milhares de estudantes voltaram a se reunir nesta quinta-feira em Santiago para uma nova passeata por melhorias na educação pública, e confrontos foram registrados com a polícia chilena no final do protesto.

A governadora de Santiago, Cecilia Pérez, estimou a participação na manifestação foi de 60.000 pessoas, enquanto os organizadores falaram em cerca de 150.000.

A marcha foi majoritariamente pacífica, mas no final do ato um grupo de encapuzados lançou paus e pedras contra a polícia nos arredores do Parque Almagro, no centro de Santiago, onde os agentes policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água para dispersá-los.

Alguns manifestantes incendiaram também barricadas com madeira e outros objetos roubados anteriormente de uma construção próxima.

Os confrontos ocorreram quando a maioria dos participantes já se retirava da região estabelecida como o destino da marcha, realizada em meio a atividades culturais com música e discursos de líderes estudantis.

Os distúrbios terminaram com 50 detidos “por desordens graves” e cerca de 20 policiais feridos, segundo informou a governadora Pérez, com base em relatórios da polícia.

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Confrontos semelhantes foram registrados em outras manifestações convocadas pelos estudantes, que há quatro meses exigem educação pública gratuita e de qualidade em um país.

Convocados pela Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), os manifestantes se encontraram fora da Universidade de Santiago, no oeste da cidade, para avançar pela Alameda até o Palácio presidencial La Moneda.

“É uma passeata massiva que vai além de nossas expectativas”, disse o líder estudantil Giorgio Jackson, que lidera uma das colunas de manifestantes.

A convocação desta quinta-feira é uma prova da força contra o governo, e se parece com os maiores protestos convocados pelos estudantes entre junho e julho.

O ato foi convocado no momento em que o diálogo entre os estudantes e o governo está parado, depois que o poder Executivo rejeitou quatro condições exigidas pelo movimento estudantil para abrir uma mesa de negociações que resolvesse o conflito.

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“Calamos a boca desse governo. Temos esse parque cheio, cheio de convicção e alegria”, afirmou no ato de fechamento o líder estudantil Camilo Ballesteros.

“Um protesto a mais ou a menos, maior ou menor, não vai mudar o tema e a preocupação fundamental do governo, que é continuar insistindo na necessidade de uma mesa de diálogo”, afirmou o porta-voz do Executivo, Andrés Chadwick.

O governo “se dispôs a realizar reforma, com os mais altos recursos, para aumentar a cobertura às crianças, para que a intervenção na educação chegue a tempo e, adicionalmente, melhorar o financiamento em todos os níveis da educação”, afirmou o presidente Sebastián Piñera em Nova York, ao discursar na Assembleia Geral da ONU.

Ao longo do ano, de acordo com o governo, os estudantes chilenos realizaram 35 marchas em Santiago exigindo o fortalecimento da educação pública, em um país que conta com um dos sistemas educativos mais segregados do mundo, produto das reformas liberais impostas pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

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