O governo dos Estados Unidos negou nesta segunda-feira ter declarado guerra à Coreia do Norte e advertiu que Pyongyang não tem direito de disparar contra seus aviões quando estiverem sobre águas internacionais, em resposta à ameaça do ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho. “Não declaramos a guerra à Coreia do Norte, e francamente, sugerir isso é absurdo”, disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, em uma entrevista coletiva.
“Nunca é apropriado que um país dispare contra as aeronaves de outro país quando se encontram sobre águas internacionais”, acrescentou.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, acusou o presidente americano, Donald Trump, de ter declarado guerra à Coreia do Norte durante seu discurso da semana passada perante a Assembleia-Geral da ONU, na qual ameaçou “destruir totalmente” o país asiático. Ri disse também que seu governo se reserva “o direito de derrubar bombardeiros estratégicos americanos ainda que não estejam dentro do espaço aéreo” da Coreia do Norte.
A porta-voz de Trump insistiu que o objetivo da Casa Branca segue sendo a “desnuclearização” da Coreia do Norte, e não uma guerra com essa nação. No entanto, o Pentágono assegurou hoje que está preparado para oferecer “opções” militares a Trump se a Coreia do Norte continuar com suas “ações provocativas”.
A Coreia do Norte foi alvo de sanções tanto dos Estados Unidos como da ONU por persistir no programa balístico e nuclear que vem desenvolvendo há mais de dez anos, violando as disposições das Nações Unidas. Neste domingo, a Casa Branca anunciou novas sanções, ao incluir a Coreia do Norte em um grupo de oito nações com restrições para poder viajar aos Estados Unidos.
(com EFE)