Espanha prorroga restrições a voos de Brasil, Reino Unido e África do Sul
Decisão foi tomada diante dos temores persistentes ligados às variantes do coronavírus, segundo Ministério da Saúde
O governo espanhol anunciou nesta terça-feira, 9, que as restrições a voos saídos de Reino Unido, Brasil e África do Sul continuam valendo até o dia 2 de março, diante dos temores persistentes ligados à nova variante do coronavírus. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Carolina Darias, em entrevista coletiva.
A restrição vale para todos, exceto para cidadãos e residentes da Espanha e de Andorra ou passageiros em trânsito internacional para um país de fora do Espaço Schengen, com uma escala inferior a 24 horas sem sair da zona de trânsito do aeroporto espanhol. As restrições não afetam os caminhoneiros, nem profissionais da aeronáutica necessários para atividades de transporte aéreo.
Assim como outros países, a Espanha já havia proibido a entrada de passageiros vindos do Reino Unido desde o final de dezembro, estendendo a Brasil e África do Sul desde o início de fevereiro. Além destes, mais 14 países do continente americano entraram na lista: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai, segundo o Ministério de Assuntos Exteriores.
A nova variante tem preocupado a comunidade internacional, que se questiona sobre sua contagiosidade e a eficácia de vacinas contra elas. A cepa britânica se espalhou na Espanha, segundo o Ministério da Saúde, com 479 casos confirmados. Esse valor, no entanto, está subestimado, já que as autoridades da saúde estimam que essa variante pode ser majoritária no país para o mês de março. Além disso, um caso da cepa brasileira e dois da sul-africana também foram detectadas.
Na Espanha, um dos países mais atingidos pela Covid-19 na Europa, os casos confirmados chegam perto dos 3 milhões, incluindo 62.295 mortes.
O continente americano, por sua vez, é onde há mais casos confirmados da doença, com cerca de 47,2 milhões de casos confirmados e 1,1 milhão de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).