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Erdogan defende participação do governo e oposição na transição síria

Por Da Redação
18 jul 2012, 14h56

Moscou, 18 jul (EFE).- Após uma reunião bilateral em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, defendeu nesta quarta-feira uma transição politica na Síria que envolva o governo de Bashar al Assad e a oposição.

Depois do encontro, ambos os líderes manifestaram apoio aos acordos alcançados pelo chamado Grupo de Ação para a Síria em Genebra, os quais contemplam a criação de um ‘órgão de transição governamental’ com participação do regime de Damasco e dos grupos da oposição.

‘A reunião realizada em Genebra é, na realidade, um grande roteiro e acreditamos que podemos alcançar resultados positivos no marco das decisões tomadas na conferência de paz sobre a Síria’, declarou Erdogan em entrevista coletiva realizada ao término das conversas bilaterais.

Já o presidente russo, Vladimir Putin, que se reuniu ontem com o mediador internacional para a Síria, Kofi Annan, mostrou satisfação pelo apoio da Turquia, qualificado como ‘uma boa base para concordar as posturas no futuro’.

Diante dos jornalistas, o primeiro-ministro turco disse que o destino da Síria deve ser decidido pelo povo desse país, se pronunciando ‘categoricamente contra da violação da integridade territorial da Síria’.

Neste aspecto, o líder turco ressaltou que diante da situação atual, com o mandato para a missão de observadores da ONU próximo de ser expirado, as decisões mais importantes estão nas mãos dos membros permanentes do Conselho de Segurança.

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Desta forma, a comunidade internacional debate duas possibilidades na ONU neste momento: ameaçar o governo de Assad com sanções, caso não atenda o plano de paz de Annan, ou prorrogar incondicionalmente o mandato da missão internacional de observadores, como propõe a Rússia.

Nesta quarta, o Conselho de Segurança realizará uma votação para decidir se aprovam um projeto de resolução que prevê a aplicação do artigo 7 dos Estatutos da ONU (que abre o caminho para a aplicações de sanções e, inclusive, para uma intervenção militar) caso Damasco não atenta imediatamente todas as condições do plano de paz de Annan.

As consultas entre Putin e Erdogan na capital russa ocorrem em um momento de máximo recrudescimento do conflito, com combates entre as tropas do regime e a oposição armada e, principalmente, com os atentados de hoje, que provocou a morte do ministro da Defesa, Dawoud Rajiha, e de Asef Shaukat, vice-ministro da pasta e cunhado de Assad.

No encontro desta quarta, os líderes da Rússia e da Turquia também abordaram o incidente do caça-bombardeiro F-4, que foi derrubado pelas forças aéreas sírias no último dia 22 de junho.

Segundo Erdogan, a Rússia não ofereceu ao seu governo documentos sobre o incidente, que resultou em um grave conflito diplomático entre Síria e Turquia.

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‘Por enquanto, nós só trocamos informações, mas não documentos. Já havia falado com Putin por telefone. Eles nos passaram apenas informações’, precisou o chefe do Governo turco.

Moscou, por sua vez, reiterou em várias ocasiões que dispõe de documentos que demonstrariam que o avião militar turco tinha invadido o espaço aéreo sírio.

Além do conflito na Síria, Putin e Erdogan abordaram assuntos de ordem bilateral, como o desenvolvimento das relações econômico-comerciais entre Moscou e Ancara. Depois da Alemanha, a Rússia é o parceiro comercial mais importante da Turquia.

No último ano, os acordos comerciais russo-turcos alcançaram os US$ 31.800 bilhões, uma quantia 26% maior que os índices registrados em 2010. EFE

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