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Equador: diretor do El Universo espera salvo-conduto para viajar ao Panamá

Por Rodrigo Buendia
17 fev 2012, 18h02

O diretor do jornal El Universo, Carlos Pérez, aguarda um salvo-conduto do Equador para viajar ao Panamá, onde obteve asilo após ser condenado à prisão em um processo por injúrias ao presidente Rafael Correa, que agora analisa pedir que a sentença seja retirada.

Pérez, que nesta sexta-feira saiu à varanda da embaixada panamenha em Quito para cumprimentar a imprensa, refugiou-se nessa sede na quinta-feira depois que a Corte Nacional de Justiça ratificou a decisão em última instância.

A sentença prevê três anos de prisão e uma indenização de 40 milhões de dólares para ele e seus irmãos César e Nicolás, sub-diretores do El Universo.

Quito deve entregar um salvo-conduto para que o diretor podia refugiar-se no país centro-americano, apesar de o veredicto ainda não ter sido executado e não haver ordens de captura.

O governo não se pronunciou ainda sobre o salvo-conduto, mas Correa antecipou na quinta-feira que respeitava a decisão do Panamá, apesar de que, para ele, os irmãos Pérez não são perseguidos políticos.

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No entanto, a defesa pediu que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) dite medidas cautelares para que a condenação não seja executada.

Diante do asilo de Carlos Pérez, o presidente equatoriano declarou-se surpreso, pois assegurou que seu colega panamenho, Ricardo Martinelli, é um dos que mais se queixa dos “excessos da imprensa”.

Ao conceder o asilo, o Panamá alegou um “temor razoável” pela integridade de Pérez.

Em seu editorial desta sexta-feira, o El Universo, o maior jornal do Equador, considera que o julgamento “supera amplamente os múltiplos ataques” que suportou de “ditaduras militares e civis, autocratas e poderosos grupos econômicos inconformados” com sua “posição pluralista, livre e democrática”.

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A sentença “é um golpe contra a liberdade de expressão”, que provém de um sistema judiciário que o próprio presidente chama de “corrupto”, completou.

“El Universo reafirma sua decisão de continuar informando sob os princípios de seu fundador (Ismael Pérez)”, afirmou a nota do jornal criado há 90 anos e com sede em Guayaquil (sudoeste), onde seus funcionários protestaram nesta sexta-feira contra a decisão judicial.

Enquanto o diretor espera a permissão para viajar ao Panamá, os sub-diretores estão em Miami (sudeste dos Estados Unidos) e por enquanto não prevêem retornar ao Equador.

Nessa cidade também está desde agosto o ex-chefe de opinião do jornal, Emilio Palacio, autor da coluna que motivou uma ação judicial em março de 2011 e condenado igualmente a três anos de prisão e ao pagamento de multa, da qual 10 milhões de dólares correspondem ao diário como empresa.

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Na semana passada, Palacio pediu asilo político aos Estados Unidos.

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