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Enviados sul-coreanos levam mensagem de Kim Jong-un para Trump

Especulações citam fim do desenvolvimento de mísseis pela Coreia do Norte e visita da Kim Yo Jong a Washington

Por EFE
8 mar 2018, 12h47

Os representantes da Coreia do Sul que se reuniram com Kim Jong-un nesta semana partiram nesta quinta-feira rumo a Washington com uma mensagem da Coreia do Norte para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está gerando uma grande expectativa.

Chung Eui-yong e Suh Hoon, chefes do Escritório de Segurança Nacional e do Serviço de Inteligência sul-coreanos, embarcaram no Aeroporto de Incheon, em Seul, em um voo direto para a capital americana com a missão de falar sobre a reunião ocorrida na última segunda-feira com o líder norte-coreano em Pyongyang.

Kim Jong-un transmitiu a eles seu desejo de negociar com os Estados Unidos a desnuclearização de seu regime, em troca de garantir sua sobrevivência.

Os enviados também explicaram que têm uma “mensagem adicional” de Pyongyang para Washington que não foi tornada pública e que desencadeia várias conjeturas e grande expectativa.

Jornais, como o sul-coreano Chosun Ilbo ou o de Hong Kong, South China Morning Post citam fontes não identificadas que asseguram que ser tratar de uma oferta para deixar de desenvolver mísseis balísticos ou uma oferta para que Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong-un, visite Washington.

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Porta-vozes do escritório presidencial sul-coreano não quiseram comentar a respeito quando questionados pela Agência Efe sobre essas informações.

O início das conversas preparatórias entre Estados Unidos e Coreia do Norte dependerá em boa medida do relatório que os delegados sul-coreanos entreguem ao governo Trump.

Os meios de comunicação americanos e sul-coreanos afirmam que na reunião poderiam participar, além do presidente Trump, o secretário de Estado, Rex Tillerson; o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, e o chefe da CIA, Mike Pompeo.

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Embora Washington tenha mostrado otimismo em relação à oferta de diálogo com a Coreia do Norte, também insinuou certo ceticismo devido à atitude de Pyongyang durante as chamadas conversas de seis partes – envolvendo as duas Coreias, Estados Unidos, China, Rússia e Japão – na última década.

As tensões causadas pelos programas nuclear e de mísseis norte-coreanos alcançaram os níveis mais elevados dos últimos anos em 2017.

Pyongyang desenvolve seus programas de armas desafiando resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), e recentemente Kim Jong-un e Trump recorreram a uma retórica áspera e beligerante.

A Coreia do Norte alardeia seus planos para desenvolver um míssil com ogiva nuclear capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos, mas os temores de uma guerra de grandes proporções foram atenuados no mês passado, coincidindo com a participação norte-coreana na Olimpíada de Inverno, realizada na Coreia do Sul.

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