Alguns meses depois da morte de seu marido, em novembro de 1963, a primeira-dama Jacqueline Kennedy sentou-se com o historiador Arthur Schlesinger Jr. Durante quase sete horas, eles conversaram tanto sobre assuntos políticos (o assassinato de Kennedy, a Crise dos Mísseis em Cuba, os rumos de um hipotético segundo mandato do presidente) como sobre temas mais particulares (sua relação cotidiana com o marido, a fama de mulherengo que o acompanhava, a vida a dois na Casa Branca).
A pedido da primeira-dama, o material permaneceu em sigilo durante todo esse tempo. Mas Caroline Kennedy, a única filha viva do casal, autorizou a publicação das entrevistas e negociou os direitos com a editora Hyperion. “Minha mãe tinha paixão pela história e certamente ficaria feliz em compartilhar seus conhecimentos com as futuras gerações”, disse Caroline.
De acordo com a editora, as entrevistas são envoltas em um clima bastante íntimo � Schlesinger era assessor particular do presidente Kennedy e amigo da família há muito tempo. Caroline escreverá a introdução do livro e acrescentará notas pessoais a determinadas passagens. Ela declarou também que planeja lançar uma versão em áudio de todo o material.
Ainda sem título, o livro com as entrevistas fará parte das comemorações oficiais pelos 50 anos da chegada de John F. Kennedy à presidência dos Estados Unidos, em janeiro de 1961.