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Enterro de Mandela será realizado em 15 de dezembro

Velório ocorrerá em Johannesburgo e Pretória e deve durar quatro dias

Por Da Redação
6 dez 2013, 11h22

O enterro de Nelson Mandela será realizado em 15 de dezembro, no vilarejo de Qunu, na província do Cabo Oriental, anunciou nesta sexta-feira o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. O funeral será precedido por quatro dias de velório – aos chefes de Estado está reservada uma cerimônia no dia 14. Nesta sexta, os sul-africanos e o mundo prestam suas homenagens ao líder que guiou a África do Sul de uma ditadura segregacionista para uma democracia multirracial. Desde a madrugada, milhares de pessoas realizam vigílias em frente a casa em que Mandela morou em Soweto. Grupos cantam, dançam, rezam, e espalham bandeiras também em Johannesburgo, Cidade do Cabo e Pretória. De Barack Obama ao papa Francisco, dezenas de líderes mundiais já se pronunciaram acerca do legado de Mandela, que morreu nesta quinta-feira, aos 95 anos. Figura inspiradora por sua incansável resistência ao regime racista do apartheid,Mandela construiu um dos mais belos capítulos da história do século XX ao se tornar o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul, depois de passar 27 anos preso por sua oposição à ditadura.

No dia 10 de dezembro, o corpo de Mandela será levado ao estádio FNB (antigo estádio Soccer City), em Johannesburgo, palco da final da Copa do Mundo de 2010, onde será celebrada uma missa em memória do líder sul-africano. Já entre os dia 11 e 13 de dezembro o velório ocorrerá na sede da Presidência do país, em Pretória. “Nós devemos trabalhar juntos para organizar o funeral mais apropriado para o filho deste país e pai da nação”, disse Zuma. “Declaramos o dia 8 de dezembro um dia para preces e reflexão. Nós convocamos todas as pessoas em igrejas, mesquitas, templos e sinagogas para que realizem preces e meditem sobre a vida de Madiba (apelido de Nelson Mandela) e sua contribuição para o nosso país e o mundo”, completou.

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A assessoria do Planalto já informou que a presidente Dilma Rousseff confirmou presença na cerimônia reservada a chefes de Estado. O jornal britânico The Guardian destaca que o funeral de Mandela deverá rivalizar com o do papa João Paulo II em 2005, ao qual compareceram cinco reis, seis rainhas, setenta presidentes e primeiros-ministros, além de 2 milhões de fiéis. Às cerimônias dedicadas a Mandela, todos os ex-presidentes americanos vivos devem comparecer, além de chefes de Estado e muitas celebridades. “Tudo isso significa um planejamento sem precedentes e um pesadelo de segurança para a África do Sul”, destaca o jornal, citando um documento do governo sul-africano.

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A despedida ao ícone da luta contra o apartheid será o maior evento da história da África do Sul. A TV estatal SABC já avisou que fará a cobertura ao vivo de todos os atos relacionados à morte de Nelson Mandela “nas próximas duas semanas”. O presidente Jacob Zuma, ao anunciar a morte em um pronunciamento transmitido pela televisão, disse que Madiba “terá funerais de Estado” e que as bandeiras do país permanecerão a meio mastro a partir desta sexta-feira até a realização do enterro.

Uma avalanche de tributos se espalhou pelo mundo em homenagem a Mandela, que estava doente há quase um ano. A saúde do líder sul-africano vinha se deteriorando nos últimos dois anos, principalmente por causa da infecção pulmonar – resquício de uma tuberculose contraída na prisão. O ex-presidente esteve internado em um hospital de Pretória por quase três meses, entre junho e setembro, respirando com a ajuda de aparelhos. No início desta semana, a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, disse que seu pai estava lutando “em seu leito de morte”. “Cada momento, cada minuto com ele me assombra. Às vezes não acredito que sou filha desse homem que é tão forte, tão lutador”, afirmou, em entrevista à TV estatal.

Para a África do Sul, a perda de seu líder mais amado ocorre em um momento em que a nação, depois de ganhar reconhecimento global com o fim do apartheid, vive crescentes conflitos e protestos contra serviços precários, pobreza, criminalidade, desemprego e escândalos de corrupção que atingem o governo de Zuma. Ao acordar nesta sexta para um futuro sem Mandela, alguns sul-africanos reconhecem temer que a morte do herói possa deixar o país vulnerável a tensões raciais e sociais que ele lutou tanto para combater. O dia nasceu e as pessoas saíram de casa para o trabalho em Pretória, em Johanesburgo e Cidade do Cabo, mas muitos ainda estavam em choque pela morte do homem que foi um símbolo mundial da reconciliação e da coexistência pacífica.

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