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Entenda como será a operação de resgate dos 33 mineiros

O grande temor é a possibilidade de desmaio do mineiro dentro da cápsula Fênix durante o trajeto entre a mina e a superfície

Por Da Redação
11 out 2010, 18h07

A ordem dos mineiros para o resgate também faz parte dos cuidados para o sucesso da operação

O resgate dos 33 mineiros presos há 67 dias no Deserto do Atacama, no Chile, não será uma tarefa fácil. A operação começa na madrugada desta terça-feira e o grande temor é a possibilidade de desmaio do mineiro dentro da cápsula Fênix durante o trajeto entre a mina e a superfície. O problema é que alguns comandos da Fênix dependem do seu ocupante e, portanto, ele precisa estar lúcido para isso.

Para realizar a operação com o cuidado necessário, dois paramédicos serão enviados para baixo para acompanhar o resgate e, 12 horas depois, eles serão substituídos por mais dois paramédicos. Um por um, os mineiros irão subir na cápsula numa jornada de 20 minutos de duração e de 622 metros de altura.

A Fênix não subirá em linha reta, pois o túnel foi perfurado com uma leve inclinação para que não houvesse risco de desabamento. No trajeto, a cápsula deve girar cerca de 350 graus de dez a doze vezes durante as curvas que antecedem o buraco de saída. Ou seja, já se espera vibração forte dentro da cápsula, com choques na parede que podem provocar faíscas.

De acordo com o jornal La Tercera, a cápsula tem 4, 5 metros de altura e é formada por duas partes. O compartimento superior é fechado e funciona como uma máquina para abrir caminho. Na parte de baixo, onde ficará o mineiro, há ventilação e tanques de oxigênio para casos de emergência, além de microfones para comunicação com o exterior.

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A expectativa é de que demore cerca de uma hora para a cápsula de salvamento realizar uma volta completa, de ida e vinda, já que a cada resgate a cápsula passará por uma revisão.

Os mineiros já estão contando com apoio de um time de psicólogos para que consigam suportar as condições extremas do confinamento. Mas, na semana passada, eles também tiveram uma hora por dia de treinamento para lidar com a mídia, incluindo como responder a perguntas mais indiscretas sobre o período que passaram presos, suas vidas pessoais e suas famílias.

Grupos – A ordem dos mineiros para o resgate também faz parte dos cuidados para o sucesso da operação. O jornal El Mercúrio afirma que o primeiro grupo – formado por cinco mineiros – será o dos mais hábeis. Os nomes ainda não estão definidos, pois a escolha dependerá também da avaliação dos paramédicos, mas já se sabe que entre eles estará o boliviano, Carlos Mamani.

Os trabalhadores do primeiro grupo funcionarão como ‘cobaias’ da operação, já que eles terão que reportar os problemas do resgate e ainda terão que operar pela primeira vez alguns comandos da Fênix.

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O segundo grupo será formado pelos mineiros que estão mais fragilizados. José Ojeda, diabético, e Jorge Galleguillos, hipertenso, e Mario Gómez, com problema respiratório, estão entre eles.

Já o último grupo, que também é muito importante na operação, está definido. Dele fazem parte: Luis Urzúa, por ser líder dos 33 mineiros, Ariel Ticona e Pedro Cortez, por serem os responsáveis pela comunicação dos trabalhadores com a superfície da mina.

Os helicópteros que participarão do resgate treinaram durante a noite, nas proximidades da mina São José, que fica perto da cidade de Copiapó. Os voos ocorreram para simular um eventual transporte dos mineiros durante a noite, segundo o diário El Mercurio. Pouco após deixarem o túnel, os mineiros devem ser levados para um hospital.

Cápsula Fênix
Cápsula Fênix (VEJA)
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