Buenos Aires, 11 mai (EFE).- O dono do maior engenho açucareiro da Argentina, Carlos Pedro Blaquier, foi chamado para testemunhar em um processo criminal que investiga crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura militar (1976-1983), informaram nesta sexta-feira fontes judiciais.
Além disso, a Justiça proibiu a saída do país do empresário, que deverá testemunhar em 18 de maio na província de Jujuy, norte da Argentina, disse o advogado de acusação, Pablo Pelazzo, a jornalistas.
O juiz Fernando Poviña investiga o episódio chamado de ‘Noite do Blecaute’ de na cidade de Libertador General San Martín, quando trabalhadores, estudantes e profissionais foram torturados e assassinados, supostamente, por forças de segurança e funcionários do engenho Ledesma, segundo a denúncia.
No marco do processo, também foram detidos quatro policiais acusados pelos crimes. O episódio ocorreu entre 20 e 27 de julho de 1976, quando membros de forças de segurança sequestraram estudantes, militantes políticos e sociais, sindicalistas e moradores que foram alojados em galpões da empresa açucareira, assegurou Pelazzo.
Os crimes da ditadura envolvendo o emblemático empresário deixaram um total de 30 mil desaparecidos. EFE