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Em visita a Pequim, Kerry e chanceler chinês divergem em tudo

As posições divergentes sobre novas sanções contra Pyongyang e disputas territoriais na Ásia expõem a complexidade das relações entre as duas maiores potências do mundo

Por Da Redação
27 jan 2016, 14h39

Os Estados Unidos e a China discutiram nesta quarta-feira sobre como lidar com o mais recente teste de armas nucleares da Coreia do Norte e as crescentes tensões sobre as disputas territoriais no Mar da China Meridional. Depois de se reunirem por mais de quatro horas em Pequim, em que ambos os países chamaram as discussões de “sinceras e construtivas”, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, no entanto, apresentaram posições diametralmente opostas sobre as duas questões, expondo o quão complexas são as relações bilaterais entre as duas maiores potências econômicas e militares do mundo. Kerry reconheceu que “as nossas diferenças vão continuar a nos testar”, mas salientou que, quando os Estados Unidos e a China são capazes de trabalhar em conjunto, incluindo no acordo nuclear do Irã e as alterações climáticas, os benefícios são mundiais.

Sobre a Coreia do Norte, Kerry disse que os Estados Unidos queriam uma nova ação do Conselho de Segurança das Nações Unidas que possa impor “novas sanções e medidas significativas” para punir Pyongyang por causa do teste nuclear realizado no início deste mês e um aumento da pressão sobre a Coreia do Norte para voltar às conversações sobre desarmamento. Wang disse que a China concordou com a necessidade de uma nova resolução, mas indicou que Pequim não apoiaria novas sanções. “As sanções não são uma saída”, disse ele. “A nova resolução não deve provocar nova tensão na situação, ainda menos desestabilizar a península coreana”, disse Wang.

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Wang se ofendeu com as queixas dos EUA de que a China não está fazendo o máximo que pode com a interlocução que tem com a fechada Coreia do Norte. Ele observou que a posição da China tem sido consistente ao se opor ao programa de armas nucleares da Coreia do Norte. Kerry, porém, prosseguiu, dizendo que a China é o principal elo da Coreia do Norte para o mundo exterior, e que poderia fazer mais para limitar as operações de fronteira que beneficiam o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e seu governo.

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Mar da China Meridional – Em outro ponto, Kerry também pediu a China para parar a construção de pistas de pouso em áreas disputadas do Mar da China Meridional, ação que tem alarmado seus vizinhos. Wang rejeitou as acusações dos Estados Unidos e de outros países de que a China não estava interessada em resoluções pacíficas para as disputadas áreas. Segundo ele, a China não está fazendo mais do que proteger sua soberania territorial,

Pequim, que reivindica soberania de grande parte do território do Mar da China Meridional, rejeita alegações de países como Filipinas e Vietnã e tem se irritado com as advertências dos EUA de que suas atividades ameaçam a liberdade de navegação em algumas das mais movimentadas rotas marítimas comerciais do mundo. Taiwan, Malásia e Brunei também têm reivindicado áreas em regiões do mar, por onde circulam cerca de 5 trilhões de dólares (20 trilhões de reais) em comércio mundial a cada ano.

(Da redação)

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