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Em retaliação por Houston, China ocupa consulado dos EUA em Chengdu

Decisão de fechar representação diplomática americana na cidade constitui 'uma resposta legítima e necessária', afirmou Pequim

Por Da Redação Atualizado em 27 jul 2020, 11h36 - Publicado em 27 jul 2020, 11h15

Em retaliação à expulsão de seu consulado em Houston na semana passada, a China ocupou nesta segunda-feira as dependências do prédio onde ficava a representação diplomática dos Estados Unidos em Chengdu, no sudoeste do país.

O confisco coroou uma escalada dramática das tensões entre as duas maiores economias do mundo que começou quando funcionários do consulado chinês de Houston, no estado americano do Texas, foram vistos queimando documentos em um pátio na terça-feira 21, horas antes de Pequim anunciar que havia recebido ordens de esvaziar a instalação.

O consulado dos EUA em Chengdu, na província de Sichuan, foi fechado às 10h locais desta segunda-feira, noite de domingo no Brasil, e autoridades chinesas entraram no edifício pela porta da frente, segundo um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.

Na sexta-feira, Pequim anunciou que determinou aos EUA que fechassem seu posto de Chengdu e que deu aos americanos 72 horas para saírem, o mesmo prazo dado à China para liberar a missão de Houston, fechada naquele mesmo dia.

A decisão de fechar o consulado americano em Chengdu constitui “uma resposta legítima e necessária contra as medidas não razoáveis dos Estados Unidos”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado.

Em resposta, um porta-voz do Departamento de Estado americano disse que o país está “decepcionado” com a decisão de Pequim. 

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“Nos empenharemos em continuar a buscar contato com o povo desta região importante através de nossos outros postos na China”, afirmou.

Por volta da meia-noite, a polícia retirou um bloqueio que restringia o acesso ao prédio. Dezenas de transeuntes se aproximaram para tirar fotos com seus celulares. Uma faixa cinza foi colocada em cima de uma placa e sobre o letreiro onde se lia “Consulado-Geral dos EUA”. 

Uma certa tensão era perceptível entre os agentes de segurança, que não permitiram qualquer gesto provocativo, ou sinal de alegria excessiva, antes da partida dos americanos. Uma pessoa que parecia entoar um canto nacionalista foi rapidamente abordada e obrigada a ficar em silêncio, segundo mostrou um vídeo divulgado nas redes sociais.

A bandeira dos EUA não estava mais hasteada no consulado, tendo sido baixada às 6h18 locais desta segunda-feira, de acordo com um vídeo compartilhado pela emissora estatal CCTV em sua conta na rede social Weibo, plataforma semelhante ao Twitter.

As relações diplomáticas entre os dois países estão em seu pior momento em décadas por causa de questões como comércio, tecnologia, a pandemia de Covid-19, as reivindicações de Pequim ao Mar do Sul da China e sua repressão a Hong Kong.

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Na quinta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, havia declarado que o consulado da China em Houston era “um centro de espionagem” chinês e “de roubo da propriedade intelectual” norte-americana. A acusação foi feita dias depois de dois chineses serem indiciados pelo governo americano por supostos ataque cibernéticos contra empresas ligadas a pesquisas de vacinas contra a Covid-19.

Em 2013, a China já havia pedido explicações aos Estados Unidos, depois da publicação na imprensa de um mapa, divulgado pelo então analista de Inteligência da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden, mostrando os lugares de espionagem americana pelo mundo. O consulado de Chengdu estava entre eles.

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(Com Reuters e AFP) 

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