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Em meio a tensões, Biden e Xi sinalizam abertura para reparar diplomacia

Os dois líderes se encontraram pessoalmente pela primeira vez na cúpula do G20, para tentar abaixar a temperatura do relacionamento superaquecido

Por Da Redação
Atualizado em 14 nov 2022, 10h39 - Publicado em 14 nov 2022, 10h17

Em sua primeira reunião cara a cara, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu colega chinês, Xi Jinping, sinalizaram nesta segunda-feira, 14, uma abertura para reparar suas relações bilaterais. A diplomacia entre as potências que atingiu seu ponto mais baixo em décadas, em meio a tensões sobre a ilha autônoma de Taiwan, guarnecimento de tecnologia, a guerra na Ucrânia e visões divergentes da ordem global.

+ Xi por todos e todos por Xi

“Estou ansioso para trabalhar com você, Senhor Presidente, para trazer as relações da China com os Estados Unidos de volta ao caminho da saúde e do desenvolvimento estável, para o benefício de nossos dois países e do mundo como um todo”, disse Xi a Biden no início da cúpula do G20 na Indonésia.

O líder chinês completou que o atual estado das relações entre os países não é do interesse de ambos “e não é o que a comunidade internacional espera de nós”. “Precisamos encontrar a direção certa para o relacionamento bilateral daqui para frente e elevar o relacionamento”, completou.

Biden disse que é importante “gerenciar nossas diferenças” e “evitar que a concorrência se transforme em conflito”. Segundo o americano, “não há substituto para a comunicação cara a cara” e ele espera que ambos os países possam encontrar “maneiras de trabalhar juntos em questões globais urgentes que exigem nossa cooperação mútua”.

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A reunião, na véspera de uma reunião dos líderes do Grupo dos 20, ocorre meses depois que a China, em retaliação a uma visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, realizou semanas de exercícios militares pesados para intimidar a ilha. Já a Casa Branca impôs restrições comerciais à China, destinadas a prejudicar sua capacidade de produzir chips de computador mais avançados.

+ Por que a China impede até poderosos como Nancy Pelosi de ir a Taiwan?

Biden elencou a China como adversário estratégico, com “a intenção de remodelar a ordem internacional”, enquanto Xi alertou para um mundo cada vez mais perigoso no qual inimigos – implicitamente, os Estados Unidos e seus aliados – pretendem “exercer pressão máxima sobre a China”.

Para agravar as tensões está a parceria entre Pequim e Moscou, que permaneceu firme mesmo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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Altos funcionários da Casa Branca disseram na manhã de segunda-feira que essa reunião foi marcada após um mês de “diplomacia silenciosa” e planejamento intenso. Ainda assim, as expectativas de qualquer acordo substancial são modestas.

+ ‘Estados Unidos não serão intimidados pela China’, diz Casa Branca

O presidente americano enquadra a reunião como uma tentativa de “criar um terreno” entre os dois países, em vez de encontrar um terreno comum. Daniel Russel, um ex-diplomata americano que acompanhou Biden em reuniões com Xi quando ainda era vice-presidente no governo de Barack Obama, disse que ambos os lados estão buscando “abaixar a temperatura em um relacionamento superaquecido”.

Biden realizou cinco chamadas telefônicas e de vídeo com Xi desde o início de 2021, mas as conversas de segunda-feira foram as primeiras em pessoa desde 2017. O último presidente dos Estados Unidos que Xi encontrou pessoalmente foi Donald Trump, em 2019.

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“Eu conheço Xi Jinping, ele me conhece”, disse Biden no fim de semana, acrescentando que eles sempre tiveram “discussões diretas”.

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