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Em meio a crise política, Maduro reforma equipe de governo

Presidente dividiu Ministério das Finanças e tirou mentor de controles cambiais

Por Da Redação
22 abr 2013, 11h31

Em meio a uma crise política causada por denúncias de fraude nas eleições presidenciais na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou no domingo à noite uma reforma em seu gabinete, na qual manteve 17 ministros de Hugo Chávez, e reestruturou o Ministério das Finanças de Jorge Giordani, um dos mentores dos complexos controles cambiais e de preços aplicados há uma década no país.

Maduro ratificou os ministros mais importantes de seu mentor e antecessor Hugo Chávez, morto em março. Entre eles estão os titulares das Relações Exteriores, Petróleo, Defesa e Informação. Ele confirmou “em primeiro lugar e como desejo do comandante Chávez” o nome de Jorge Arreaza, genro de Chávez, na vice-presidência.

No ministério das Relações Exteriores “continua nosso querido irmão e respeitado chanceler Elías Jaua”, ex-vice-presidente e ex-ministro da Agricultura, disse Maduro, que tomou posse na sexta-feira em meio a questionamentos da oposição sobre as eleições da semana passada. Maduro também confirmou Rafael Ramírez como ministro de Petróleo e Mineração, além de Diego Molero na pasta da Defesa e Ernesto Villegas como ministro da Comunicação e Informação. Economia – Foi anunciado na mesma ocasião que o Ministério das Finanças será dividido em dois: Jorge Giordani será o ministro do Planejamento e Nelson Merentes, atual presidente do Banco Central, será o ministro das Finanças. “Tenho grande confiança em Nelson Merentes, nos conhecemos há muitos anos… Vamos fortalecer o Cadivi, a Sicad e todos os mecanismos que forem necessários”, disse Maduro, citando órgãos envolvidos no rigoroso controle de divisas no país. Apelidado de “Monge” por sua dedicação ao trabalho e por seu estilo austero, Giordani foi um dos mentores econômicos do chavismo. “Ninguém acha que o modelo mudou, mas enfraquecer Giordani é positivo para a iniciativa privada”, escreveu Asdrúbal Oliveros, diretor da consultoria Ecoanalítica. Leia também:

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Nas ruas de Caracas, o panelaço contra o foguetaço O ministério do Interior será comandado pelo general Miguel Rodríguez Torres, enquanto o destituído Néstor Reverol deve elaborar um plano de luta contra o narcotráfico, segundo o presidente. Maduro repetiu que este será um “governo da rua”. Maduro fez 17 mudanças em 31 ministérios, o que contrasta com o estilo do seu padrinho político Chávez, que sempre fazia mudanças homeopáticas e preferia as trocas de posições. “Queremos um governo mais socialista, mais humano”, afirmou o presidente. No campo diplomático, a secretaria de Estado adjunta para América Latina dos Estados Unidos, Roberta Jacobson, pediu uma recontagem dos votos na Venezuela para que levar “confiança” e “resolver a divisão” no país, em entrevista ao canal CNN em espanhol. Roberta disse que “metade dos venezuelanos não confia no resultado das eleições de 14 de abril”. Oposição – Pelo Twitter, o candidato opositor, Henrique Capriles, ironizou a reforma ministerial, dizendo que a troca de cargos entre funcionários acusados de serem ineficientes ou corruptos é “mais do mesmo”. Maduro venceu o opositor Henrique Capriles por apenas 1,8 ponto percentual dos votos. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Maduro presidente eleito um dia depois da votação. Capriles, que pediu uma recontagem de todos os votos, não reconheceu o resultado. O CNE anunciou na quinta-feira que fará uma auditoria de 46% das urnas. Em entrevista ao jornal La Nación, publicada na versão digital nesta segunda-feira, Capriles disse que a “apesar de nos dever uns quantos milhões de dólares, a Argentina parece parte do governo chavista: vêm, opinam, se metem em nossos assuntos”. Capriles reconheceu que está transformando a política venezuelana com a vitória ao conseguir a auditoria dos votos, e prometeu seguir sua “cruzada” para uma mudança maior no país.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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