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Em dia de reabertura para turistas, Cuba reprime protestos

Tensão entre os EUA e Cuba cresce enquanto governo cubano tenta bloquear manifestações e isola ativista pró-democracia

Por Duda Gomes Atualizado em 15 nov 2021, 18h20 - Publicado em 15 nov 2021, 17h24

Cuba reabre as fronteiras para turistas estrangeiros nesta segunda-feira (15), depois de quase dois anos fechadas por causa da pandemia.

O dia, porém, não deve ser marcado pela volta requisitados dólares trazidos pelos visitantes. Isso porque manifestantes vêm planejando uma jornada de protestos pró-democracia, chamados de “Marcha Cívica pela Mudança”. 

Os atos acabaram sendo proibidos pelo governo cubano, sob a justificativa de que se tratam de uma campanha de desestabilização feita pelos Estados Unidos.

Os protestos em Cuba foram convocados pela oposição para exigir mais liberdades políticas e a libertação de ativistas presos, após os protestos de julho – os maiores em décadas. 

As tensões vem crescendo em Cuba graças à enorme crise econômica que a ilha atravessa – e que foi intensificada pela suspensão do turismo durante a pandemia.

Furiosos com a escassez de produtos básicos e às restrições às liberdades civis, milhares de cubanos marcharam em julho por mudanças no Regime. Desde então, centenas de manifestantes seguem presos. 

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Para impedir que a “Marcha Cívica pela Mudança” aconteça, o governo cubano agiu rapidamente, negando permissão aos organizadores. Já as forças de segurança cercaram as casas de ativistas cubanos.

O dramaturgo  Yunior García Aguilera, 39 anos, publicou em suas redes que marcharia sozinho por Havana às 15h de domingo, carregando uma rosa branca em solidariedade aos cubanos que foram impedidos de participar no dia seguinte.

Horas antes de sair de casa, a polícia à paisana invadiu seu quarteirão e sitiou seu prédio.

Ele tentou sinalizar para os jornalistas de seu apartamento, exibindo um lençol branco em apoio aos protestos e uma rosa. Boinas negras jogaram bandeiras de Cuba gigantes nas janelas do prédio, para que ele fosse silenciado. 

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“Todos nós sabemos que podemos ser detidos em poucas horas”, disse García Aguilera em um post no Facebook.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, classificou a repressão de Havana como “tática de intimidação” e prometeu responsabilizar os envolvidos na repressão. 

“Pedimos ao governo que respeite os direitos dos cubanos”, disse Blinken. 

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, criticou os comentários de Blinken, e disse aos Estados Unidos para ficarem fora dos assuntos cubanos.

“Antony Blinken deve aprender de uma vez por todas que o único dever do governo cubano é para com seu povo e rejeita, em seu nome, a interferência dos Estados Unidos”, disse Rodriguez no Twitter.

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