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Em dia de protesto, oposição acusa regime Maduro de sequestrar advogado

Perkins Rocha foi detido em meio à repressão contra manifestantes e críticos que denunciaram fraude eleitoral do governo

Por Da Redação 28 ago 2024, 12h28
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  • (FILES) Perkins Rocha, legal advisor of the opposition party Vente Venezuela, talks to the media as he waits for the presidential election results in Caracas on July 28, 2024. Perkins Rocha, lawyer of opposition leader Maria Corina Machado, was detained on August 27, 2024, in the midst of the post-electoral crisis in Venezuela following the questioned reelection of President Nicolas Maduro, according to the leader. (Photo by RAUL ARBOLEDA / AFP)
    Perkins Rocha, assessor jurídico do partido de oposição Vente Venezuela, durante coletiva de imprensa em Caracas. 28/07/2024 - (Raul Arboleda/AFP)

    A líder oposicionista da Venezuela, María Corina Machado, acusou o regime de Nicolás Maduro de “sequestrar” um de seus principais aliados, o advogado Perkins Rocha, enquanto o país se prepara para novos protestos nesta quarta-feira, 28. Os atos ocorrem na marca de um mês desde a eleição presidencial que reelegeu o líder chavista sob acusações de fraude por parte da oposição, de grande parte da comunidade internacional e órgãos independentes.

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    Estima-se que mais de 2 mil pessoas já tenham sido detidas na onda de repressão a críticos ao governo. Na terça-feira, Rocha, que também é porta-voz da oposição, juntou-se aos presos ao ser capturado nas ruas de Caracas pela polícia secreta de Maduro.

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    Machado, a força motriz por trás do desafio ao regime nas urnas, denunciou o sequestro do amigo no X, antigo Twitter, chamando-o de “um homem justo, corajoso, inteligente e generoso”.

    “Eles querem nos derrotar, nos distrair e nos aterrorizar. Continuaremos lutando, por Perkins, por todos os prisioneiros e perseguidos, e por toda a Venezuela”, escreveu ela, voltando a defender que o candidato presidencial da oposição, o diplomata Edmundo González, derrotou Maduro na votação de 28 de julho.

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    Pressão e repressão

    Maduro insiste ter vencido o pleito, um resultado que foi ratificado pelas instituições cooptadas pelo chavismo, incluindo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a Suprema Corte. No entanto, o herdeiro de Hugo Chávez não comprovou a reeleição ao não divulgar as atas eleitorais, resultados desagregados por mesa de votação. Sem isso, até mesmo aliados históricos na região, como Brasil e Colômbia, não reconheceram o resultado oficial.

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    Nesta quarta-feira, a oposição – que publicou contagens baseadas nas atas que conseguiram obter (81% do total), que especialistas acreditam confirmar uma vitória confortável de González — convocou seus apoiadores de volta às ruas para pressionar Maduro a aceitar uma transição negociada. “O fim deste regime de horror está se aproximando”, prometeu María Corina.

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    No entanto, a repressão do regime por meio do aparato de segurança – além de uma série de cortes de energia na última noite – e um mudança grande do gabinete na véspera do protesto aumentaram o medo das consequências de se opor à ditadura. Na terça-feira, presidente do partido de Maduro, o linha-dura Diosdado Cabello, foi nomeado ministro do Interior, uma posição que dá ao ex-soldado de 61 anos o controle tanto da polícia nacional bolivariana quanto do serviço nacional de inteligência, Sebin.

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    Cabello, que lutou ao lado de Chávez durante um fracassado golpe de Estado em 1992, é considerado um dos nomes mais temidos do chavismo. Desde a eleição de julho, ele tem usado seu talk show na TV estatal para atacar María Corina e González, chamando-a de “bruxa” terrorista e ele de “rato” covarde.

    “Se o novo gabinete é um indicador do que Maduro pretende fazer, a nomeação de Cabello é uma indicação de ainda mais repressão por vir”, disse Juanita Goebertus, diretora das Américas da ONG Human Rights Watch, à agência de notícias Associated Press.

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