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Em depoimento, Bergoglio afirma ter intercedido por padres presos

Trechos de depoimento concedido pelo então arcebispo de Buenos Aires em 2010 sobre prisões no período da ditadura foram divulgados pelo jornal Clarín

Por Da Redação
19 mar 2013, 21h53
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  • Em 2010, quando era arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio prestou depoimento como testemunha em um julgamento sobre crimes cometidos no período da ditadura na Argentina (1976-83). O depoimento durou quase quatro horas e Bergoglio garantiu que se reuniu em duas ocasiões com o ditador Jorge Videla e com Emilio Massera, chefe das Forças Armadas, para interceder pelos dois sacerdotes jesuítas presos.

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    O jornal argentino Clarín publicou nesta terça-feira trechos do depoimento gravado em vídeo (leia aqui, em espanhol). Interrogado sobre o sequestro dos padres jesuítas Orlando Yorio e Francisco Jalics, presos em 1976 e levados para a Escola Superior de Mecânica da Armada, onde foram torturados. Em um momento do depoimento, Bergoglio relata um diálogo áspero que teve com Massera. “Olhe, Massera, eu quero que apareçam”, disse o então arcebispo.

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    Com a eleição de Bergoglio como novo papa, surgiram acusações de que teria sido omisso durante a ditadura e não teria feito o suficiente para evitar prisões. Acusações negadas pelo Vaticano, que as considerou “fatos antigos e não provados, com forte carga ideológica”.

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    Em outro trecho divulgado pelo jornal, Bergoglio afirma ter pedido a Yorio e Jalics, antes de serem sequestrados, que tomassem cuidado devido às críticas que sacerdotes que faziam trabalhos pastorais nas vilas recebiam de “alguns setores”. Citou o nome do padre Carlos Mugica, morto por um grupo de ultradireita em 1974.

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    Na semana passada, Jalics, de origem húngara e que foi viver no sul da Alemanha nos anos 1980, declarou-se em paz com o Sumo Pontífice. “Estou em paz com o que aconteceu e considero a história encerrada. Desejo que o papa Francisco receba as bênçãos divinas no exercício de sua missão.”

    Na última quinta-feira, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel disse que Bergoglio “não tinha vínculo com a ditadura” argentina.

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    (Com agência France Presse)

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