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Em 2012, Ocidente ignorou proposta russa para retirar Assad do poder

De acordo com um diplomata ouvido pelo 'The Guardian', Estados Unidos, França e Grã-Bretanha recusaram a proposta porque acreditavam que o ditador iria cair em breve

Por Da Redação
15 set 2015, 15h12
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  • Três anos atrás, o ditador sírio Bashar Assad poderia ter renunciado como parte de um acordo de paz, mas o Ocidente não aceitou a proposta oferecida pela Rússia – reporta nesta terça-feira o jornal britânico The Guardian. De acordo com o ex-presidente finlandês e prêmio Nobel da Paz Martti Ahtisaari, um acordo para a saída de Assad poderia ter evitado a morte de milhares de pessoas e a fuga de milhões.

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    Em fevereiro de 2012, atuando como diplomata, Ahtisaari participou das reuniões do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a crise na Síria. De acordo com ele, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, apresentou um plano com três pontos que incluía a saída de Assad. No entanto, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França acreditavam que Assad iria cair em breve e ignoraram a proposta. “O mais intrigante da reunião que tive com Vitaly Churkin é o fato de eu conhecê-lo muito bem”, lembrou Ahtisaari. “Nós não necessariamente concordamos em muitas questões, mas podemos falar abertamente. Ele me disse claramente os três pontos da proposta: um, não devemos dar armas para a oposição; dois, devemos começar um diálogo entre a oposição e Assad imediatamente; e três, devemos encontrar uma maneira elegante para Assad se afastar do poder”.

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    Questionado pelo jornal, Churkin se recusou a comentar sobre o que ele conversou com Ahtisaari e disse que foi uma “conversa particular”. O diplomata finlandês, porém, disse que voltou ao assunto com o embaixador russo e “parecia haver pouca dúvida de que ele estava levando a proposta em nome do Kremlin”. No momento da proposta de Churkin para Ahtisaari em Nova York, o número de mortos no conflito sírio era estimado em cerca de 7.500. Hoje a ONU acredita que as vítimas fatais passaram de 220.000. O caos na Síria facilitou o avanço do Estado Islâmico (EI) e mais de 11 milhões de pessoas foram forçados a sair de suas casas.

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    Desde o início da crise na Síria, em março de 2011, a Moscou vem sendo o principal interlocutor e aliado de Damasco, insistindo que a saída de Assad não deve fazer parte de nenhum eventual acordo de paz. O próprio Assad já disse em uma entrevista que a Rússia jamais vai abandoná-lo. Recentemente, a Rússia aumentou sua presença na Síria e passou a enviar homens, tanques e aviões para o regime, afirmando que as armas serão usadas contra os terroristas do EI.

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    (Da redação)

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