Bogotá, 19 fev (EFE).- O Exército de Libertação Nacional (ELN) propôs ao Governo colombiano uma trégua bilateral acompanhada de uma mesa de diálogo para buscar uma saída política ao conflito que castiga o país há mais de meio século, segundo divulgou neste domingo o grupo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), liderado pela ex-senadora, Piedad Córdoba.
A proposta foi feita em carta assinada pelo Comando Central do ELN nas ‘Montanhas da Colômbia’, que também diz que se devem abordar ‘outros assuntos substanciais, tanto no respeito ao Direito Internacional Humanitário quanto no atendimento às reivindicações e lutas populares, como parte essencial do caminho de superação definitiva do conflito’.
O grupo rebelde reconhece ‘os impetuosos esforços de paz’ que o CCP faz ‘para que se abra um verdadeiro processo de saída política ao conflito e se supere o estado de guerra que leva o país a um beco sem saída social e política’.
Em meados de janeiro passado, o CCP propôs ao Governo do presidente Juan Manuel Santos, às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao ELN a adoção de uma trégua bilateral ou cessar-fogo.
As Farc, com cerca de 8.000 combatentes, e o ELN, com cerca de 2.500, segundo números oficiais, ambas em atividade desde 1964, mantêm há quase dois anos um ‘diálogo epistolar’ com o CCP, por iniciativa deste grupo, que defende uma saída negociada ao conflito armado interno.
Recentemente e perante os ataques das Farc que deixaram 19 mortos e 76 feridos, a maioria deles civis, o presidente Santos disse que com esses atos, as portas para um eventual diálogo de paz estavam fechadas. EFE