A Comissão Eleitoral do Paquistão anunciou nesta quarta-feira que as eleições parlamentares foram adiadas para o dia 18 de fevereiro. A data inicial do pleito era 8 de janeiro mas a comissão decidiu pelo adiamaneto por conta da onda de protestos após o assassinato da líder oposicionista e ex-premiê Benazir Bhutto, em atentado na última quinta-feira. A oposição criticou a mudança de data, poisa credita que beneficiará a o partido do atual presidente, Pervez Musharraf.
O Partido do Povo Paquistanês (PPP), ex-partido de Benazir e desde domingo liderado pelo filho e pelo viúvo da ex-premiê, havia advertido que o adiamento poderia “abrir uma comporta de violência”. Sobre a mudança, Farzana Raja, porta-voz do PPP, disse que “foi tudo feito desta forma a pedido do partido de Musharraf porque eles sabem que vão ser derrotados nas eleições”.
Investigação – Um assessor de Musharraf disse nesta quarta-feira que buscará ajuda internacional para investigar o assasinato de Benazir. O governo vêm sendo pressionado pela comunidade internacional e pelo PPP a aceitar uma investigação externa. Muitos acreditam que provas se perderam na operação de limpeza realizada após o atentando. Também causou estranhamento a declaração do Ministério do Interior de que a causa da morte teria sido o choque da cabeça da ex-Premiê contra uma alavanca do teto solar do carro em que ela estava. Imagens do atentado mostram tiros de revólver e também explosões.