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Eleições convocam 48 milhões de iranianos para escolher 290 deputados

Por Da Redação
1 mar 2012, 10h58

Teerã, 1 mar (EFE).- Um total de 48,2 milhões de iranianos maiores de 16 anos foram convocados às urnas nesta sexta-feira para escolher, pela nona vez nos 33 anos de história da República Islâmica, os 290 deputados do Parlamento consultivo do Irã.

A campanha, que começou no dia 23 de fevereiro, finalizou às 8h no horário local desta quinta-feira (1h30 em Brasília), justo 24 horas antes da abertura dos 47 mil centros de votação instalados em todo o país, segundo a Comissão Eleitoral Central.

Os candidatos aprovados definitivamente pelo Conselho de Guardiães da Revolução são 3.467 dos 5.382 que se inscreveram em princípio, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira em Teerã Abbas Ali Kadjodai, o porta-voz do organismo, que tem poder de veto sobre as decisões políticas.

O Conselho, que é guiado pelo líder supremo, Ali Khamenei, desqualificou 1.130 aspirantes, enquanto outros 785 se retiraram por sua vontade, acrescentou o porta-voz.

Dos aspirantes excluídos pelos guardiães, 30 eram deputados da oitava legislatura, ainda em vigor, segundo Kadjodai, que disse que não haverá observadores internacionais nem nacionais nestas eleições, mas o público poderá denunciar irregularidades.

Kadjodai disse que os resultados definitivos das eleições são esperados para o fim do ano persa, que acaba no dia 19 de março, mas poderia haver um segundo turno, antes de dois meses, caso em algumas circunscrições haja cadeiras que não cheguem a um mínimo exigido de votos.

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Dos novos deputados, 285 serão muçulmanos, a grande maioria xiita, e há cinco cadeiras reservadas para minorias religiosas: três para os cristãos, um para os judeus e outro para os zoroástricos, que têm no total 14 candidatos.

Em Teerã, segundo o governador da província, Morteza Tamadon, os candidatos serão 621 (523 homens e 98 mulheres), dos quais sairão os 30 parlamentares que correspondem a circunscrição, que tem uma população de 13,5 milhões de pessoas, dos 76 milhões de habitantes do Irã.

Pela primeira vez foi exigido mestrado universitário dos candidatos, ou que tivessem cumprido um período completo de quatro anos como deputados em uma legislatura anterior, o que restringe enormemente as possibilidades de acesso a novos aspirantes, especialmente os de origem humilde.

Dos eleitores, 3,9 milhões poderão exercer o direito ao voto pela primeira vez em um país muito jovem, onde cerca de 70% da população tem menos de 35 anos, embora a taxa de nascimentos tenha se reduzido a pouco mais da metade na última década com relação às duas anteriores.

As urnas serão abertas às 8h no horário local (1h30 em Brasília), mas não há uma hora de fechamento e os ministérios do Interior e Inteligência destacaram que haverá uma forte proteção dos centros eleitorais por parte da Polícia, mas sem detalhar números de agentes.

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O sistema eleitoral é simples, mas difícil de desenvolver, já que os candidatos, independente de sua filiação, são individuais e aparecem em uma só lista provincial exposta em cada colégio eleitoral durante o dia de votações.

Cada eleitor, que pode exercer seu direito ao voto em qualquer colégio de sua circunscrição, recebe ao chegar ao centro uma cédula selada na qual deve escrever os nomes dos candidatos escolhidos, que no caso de Teerã, por exemplo, são 30, o que dificulta o processo.

Por este motivo, ao não utilizar cédulas impressas, a apuração também se desacelera, pois os encarregados devem revisar cada cédula nome por nome, o que deixa o processo consideravelmente lento.

Em todo caso, Kadjodai informou nesta quinta-feira que em alguns centros eleitorais será testado um sistema de voto eletrônico informatizado, embora nesses locais se manterá também o tradicional, caso sejam registradas falhas.

Embora tenha sido realizada uma semana de campanha oficial, somente nos dois últimos dias foram expostos mais cartazes nas ruas, além de propaganda e informação na imprensa de Teerã, onde as vésperas das eleições passaram quase despercebidas.

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Coma ausência de diferenças ideológicas e programas, o tema mais tratado na campanha foi a luta contra o inimigo exterior. Tanto os dirigentes religiosos quanto os laicos, todos liderados por Khamenei, afirmaram que uma participação em massa será um ‘novo golpe à arrogância’, como chamam os Estados Unidos e Israel. EFE

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