Bombardeios se concentram em montanhas do Sinai onde militares egípcios acreditam que os terroristas responsáveis pelo atentado estão escondidos
Por Da redação
24 nov 2017, 20h50
As forças militares do Egito lançaram ataques aéreos contra os terroristas responsáveis pelo atentado que matou pelo menos 270 pessoas em uma mesquita da vertente sufista do Islã na província do Sinai do Norte, informou a agência Reuters nesta sexta-feira.
Os ataques se concentraram em várias montanhas próximas a Bir al-Abed, onde a mesquita Al Rawdah foi atingida por uma explosão e depois invadida por terroristas armados. Segundo fontes de segurança ouvidas pela Reuters, as forças militares egípcias acreditam que os terroristas estejam escondidos nos locais bombardeados.
Até agora nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, porém as suspeitas recaíram imediatamente sob o grupo Estado Islâmico (EI).
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Além dos 270 mortos, o ataque desta sexta deixou mais de 100 pessoas feridas. Segundo relatos de testemunhas, uma grande explosão no local foi seguida da chegada de quatro carros com homens vestidos em roupas militares que abriram fogo contra os fiéis.
O ataque em Bir al-Abed, cidade a 40 km da capital da província de al-Arish, ocorreu pouco depois das orações desta sexta-feira, dia sagrado do Islã. Mais de 50 ambulâncias foram mobilizadas para atender às centenas de vítimas do ataque e levá-las a hospitais da região.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, convocou uma reunião de emergência com oficiais de segurança para discutir o incidente. Em decorrência do ataque, a segurança do aeroporto internacional do Cairo foi reforçada, segundo informa a agência Associated Press. Por “medida de segurança”, o governo anunciou o fechamento da fronteira com Gaza, na cidade de Rafah, área de passagem que estava em vias de ser reaberta.
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Desde 2013, com a queda do presidente Mohamed Morsi, militantes jihadistas intensificaram ataques na península do Sinai. No ano seguinte, o Cairo declarou estado de emergência na região, após um ataque suicida contra militares deixar 31 mortos. À época, a península foi descrita por al-Sisi como “um ninho de terroristas”, segundo a rede de televisão Al Jazeera.
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