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Egípcios seguem Tunísia e vivem seu ‘dia de revolta’

Países têm onda de protestos contra aumento de preços de alimentos, o alto índice de desemprego e a revolta contra corrupção do governo

Por Da Redação
25 jan 2011, 16h41

Nessa terça-feira, 25, milhares de pessoas saíram às ruas do Cairo e de outras cidades do Egito em um grande protesto contra o governo do presidente Hosni Mubarak, que está no poder desde 1981. De acordo com a rede britânica BBC, a polícia da capital usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para enfrentar os manifestantes. O ministério do Interior informou que um policial e dois manifestantes morreram nos enfrentamentos. A campanha, organizada pela internet e batizada de “dia da revolta” , foi inspirada na rebelião que derrubou o ex-ditador tunisiano Zine el Abidine Ben Ali, em 14 de janeiro.

Pela web, ativistas convocaram protestos contra a pobreza e a repressão, coincidindo com um feriado em homenagem à polícia. Os manifestantes também afirmam que as eleições egípcias são fraudulentas. “Abaixo, abaixo Hosni Mubarak”, gritou um grupo em frente a um complexo judicial no centro do Cairo, que ficou cercado por policiais. Na praça Tahrir, também na capital, jovens atacaram um veículo da polícia, abrindo a porta do motorista e pedindo que ele saísse. Os agentes reagiram, batendo com bastões nos manifestantes que tentavam se juntar ao resto da multidão.

“Gamal, avise o seu pai que os egípcios o odeiam”, gritavam manifestantes, referindo-se ao filho de Mubarak, que muitos consideram estar sendo preparado para suceder o pai, de 82 anos. Protestos como estes são incomuns no Egito, onde o presidente está no poder há três décadas. A segurança foi reforçada em diversos pontos da cidade em outras áreas do país, para evitar que os protestos se propagassem.

Protesto no Egito foi inspirado em movimento da Tunísia
Protesto no Egito foi inspirado em movimento da Tunísia (VEJA)

Internet – A mobilização é também uma espécie de teste para a capacidade dos ativistas de levarem seus protestos da internet para as ruas. O movimento no Cairo foi coordenado por meio de uma página do Facebook, que recebeu milhares de visitas, apesar dos altos níveis de analfabetismo e de o uso da web ser relativamente baixo no país, diferentemente do que ocorre na Tunísia, onde a educação vem melhorando.

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Ingredientes politicos – Mesmo com estas diferenças, o Egito apresenta uma série de problemas semelhantes aos que derrubaram o governo tunisiano, como o aumento de preços de alimentos, o alto índice de desemprego e a revolta contra o que os manifestantes qualificam como ” corrupção do governo”.

Eles também pedem a suspensão da lei de emergência que vigora permanentemente no país, restringindo a liberdade civil; a saída do ministro do Interior e a adoção de um limite de tempo ao mandato presidencial, o que pode levar ao fim do governo de Mubarak.

Na Tunísia, o ditador Zine El Abidine Ben Ali, que chegou ao poder em 1987 por meio de um golpe de estado, deixou o governo depois de quatro semanas de protestos.

(Com agências Reuters e Estado)

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