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‘É hora’ de acalmar tensões sobre Ucrânia, diz secretário-geral da ONU

Apesar de negociações entre Rússia e países ocidentais, clima ainda é de tensão e autoridades alertam para possibilidade de uma invasão iminente

Por Caio Saad Atualizado em 14 fev 2022, 20h43 - Publicado em 14 fev 2022, 20h43

Oferecendo seus ofícios para buscar uma solução diplomática para as tensões envolvendo a Ucrânia, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou nesta segunda-feira, 14, que uma guerra seria “desastrosa”, e que “agora é a hora” de acalmar os ânimos.

“Estou profundamente preocupado com o aumento das tensões e especulações sobre um possível conflito militar na Europa. O preço em sofrimento humano, destruição e danos à segurança europeia e global é alto demais para ser contemplado”, afirmou Guterres, após encontro com embaixadores do Conselho de Segurança. 

Segundo o secretário-geral, não se deve “aceitar sequer a possibilidade de um confronto tão desastroso”. Por esse motivo, seria o momento de diminuir as tensões e ver uma desescalada no terreno, assim como em “retóricas incendiárias”. 

“Minha mensagem é clara: não há alternativa à diplomacia”, insistiu Guterres, que conversou nesta segunda-feira com os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

O secretário-geral manifestou esperança nos contatos diplomáticos entre as diferentes partes, mas salientou que é preciso fazer mais e que estes esforços devem ser intensificados. Nesse sentido, destacou que ofereceu para participar da mediação entre as partes e que “não deixará pedra sobre pedra na procura de uma solução pacífica”.

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“Abandonar a diplomacia para o confronto não é cruzar uma linha, é um salto no vazio”, comentou.

Apesar de negociações entre a Rússia e países ocidentais, o clima ainda é de tensão e autoridades alertam para a possibilidade de uma invasão iminente à Ucrânia.

Nesta segunda-feira, os Estados Unidos decidiram fechar sua embaixada em Kiev e “realocar temporariamente” o pequeno número de diplomatas que ainda estão no país para Lviv, uma cidade no oeste da Ucrânia. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, que citou a “aceleração dramática da presença de forças russas”.

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Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as relações entre Moscou e Washington estão “no chão”.  Apesar da fala, ele destacou que há certos canais para diálogo, e é positivo o fato de que o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente americano, Joe Biden, entraram em contato por telefone no sábado. Em outras áreas, no entanto, não há progressos significativos.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. Segundo ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

A Aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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