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E a comédia acabou: o atentado terrorista em Viena

A cidade virou o centro de preocupação de um outro vírus que assola a Europa: o do radicalismo

Por Caio Saad 6 nov 2020, 06h00

Depois de o protagonista Canio bradar “la commedia è finita”, a comédia acabou, na última, trágica e belíssima cena de Pagliacci, clássica peça do italiano Ruggero Leoncavallo, o intendente da Ópera Estatal de Viena entrou em cena com um anúncio: algo estranho ocorrera do lado de fora do belo edifício na capital austríaca naquela noite de segunda-feira, 2 de novembro, possivelmente um atentado terrorista. A audiência teve de permanecer no recinto (devidamente mascarada contra a pandemia) por pelo menos mais de uma hora após o pano ter caído — foi uma medida de segurança compulsória. Soube-se, depois, que fora um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico. Um dos “soldados do califado”, um certo Kujtim Fejzulai, original da Macedônia do Norte, disparou uma arma de fogo contra um bar perto de uma sinagoga, deixando pelo menos quatro mortos e quinze feridos no Primeiro Distrito vienense. O chanceler Sebastian Kurz foi direito ao ponto ao definir o crime: “Repugnante”. E a Viena da boêmia e da cultura, de Gustav Klimt e de Sigmund Freud, de vida noturna inescapável, mesmo durante a atual crise sanitária, virou o centro de preocupação de um outro vírus que assola a Europa: o do radicalismo. A França de Emmanuel Macron está em alerta desde o atentado de 29 de outubro, em Nice, que matou três pessoas, inclusive uma brasileira, a cozinheira baiana Simone Barreto, que vivia no país desde 1990. O ano de 2020, não somente pela pandemia, jamais será esquecido por essas bandas.

Publicado em VEJA de 11 de novembro de 2020, edição nº 2712

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