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Duas brasileiras sequestradas no Egito; autoridades negociam libertação

Por Menahem Kahana
18 mar 2012, 18h10

Beduínos egípcios sequestraram neste domingo duas turistas brasileiras e um guia local na Península do Sinai e as autoridades egípcias iniciaram as negociações para libertá-las, segundo uma fonte do Ministério das Relações Exteriores em Brasília.

As turistas retornavam de uma visita ao mosteiro histórico de Santa Catarina, no sudeste do Sinai, quando beduínos armados anunciaram o sequestro, segundo os serviços de segurança locais.

Uma fonte informou que dois beduínos armados pararam um ônibus com 38 turistas e obrigaram as duas brasileiras e o guia a entrar em outro veículo, que partiu rumo às montanhas da península.

Fontes oficiais apresentaram informações conflitantes sobre a idade das vítimas. Uma informação preliminar afirmava que as duas eram adolescentes, mas um policial disse que uma tem 18 anos e a outra, 40.

Segundo uma fonte policial, um dos sequestradores é o pai de um homem condenado por tráfico de drogas e armas e espera obter a libertação do filho em troca das reféns.

Em Brasília, o Itamaraty informou que as autoridades egípcias iniciaram as negociações para a libertação das turistas.

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“A embaixada do Brasil no Egito foi informada do fato e está trabalhando para encontrar uma solução. Já há uma negociação em curso”, disse à AFP um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, sob a condição de manter sua identidade preservada.

As negociações estão a cargo do Ministério do Interior egípcio e são acompanhadas pela embaixada, acrescentou a fonte.

O sequestro deste domingo, o terceiro caso do tipo envolvendo turistas só este ano, é o último de uma série de incidentes violentos que põem em apuros os militares no poder desde que o presidente Hosni Mubarak foi deposto por uma revolta popular, em fevereiro de 2011.

Em 10 de fevereiro passado, beduínos armados sequestraram três turistas sul-coreanas e seu guia egípcio na mesma região, pedindo a libertação de prisioneiros, e os libertaram no dia seguinte.

Uma semana antes, dois turistas americanos e seu guia também foram sequestrados por beduínos, que também exigiam a libertação de companheiros detidos.

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Os turistas e o guia foram libertados horas depois ilesos, assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em janeiro.

A desértica e montanhosa região do Sinai, no leste do país, é pouco habitada e abriga a maior parte dos resorts egípcios. Ao mesmo tempo, serve como local de moradia de grande parte da população beduína pobre, marginalizada pelo antigo regime, e que pegou em armas durante a rebelião que terminou com quase 30 anos de poder de Mubarak.

Desde a revolta, o Sinai se tornou uma área ainda mais violenta, com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel, sabotados 13 vezes este ano.

Os militares têm dificuldades para controlar os grupos radicais nesta região desértica e montanhosa do leste do país. Contribui para isto a escassa presença do exército, devido à desmilitarização do setor, contemplada nos acordos de paz com Israel.

Uma base militar da Força Multinacional de Paz e Observadores (MFO), encarregada de zelar pela aplicação do acordo de paz entre Egito e Israel de 1979, foi cercada durante oito dias por beduínos armados que também pediam a libertação de membros de suas tribos.

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