DSK poderá ocupar cargo na França, diz rival socialista
Antes de acusações de crimes sexuais, Strauss-Kahn era favorito à Presidência
Apesar das duas acusações de crimes sexuais pelas quais responde, o ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn poderá ocupar algum cargo político na França – desde que seja inocentado, garantiu um dirigente do Partido Socialista nesta segunda-feira. François Hollande – o favorito para assumir a candidatura presidencial socialista desde a prisão de DSK, em maio – disse que caberá ao colega de partido decidir se irá participar das primárias partidárias caso as acusações sejam retiradas.
Entenda o caso
- • Em 14 de maio, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso, acusado de abuso sexual pela camareira de um hotel de luxo de Nova York. Uma semana depois, foi colocado em prisão domiciliar
- • Como consequência do escândalo, foi obrigado a renunciar à chefia do FMI e à candidatura à Presidência da França em 2012 – para a qual era um dos favoritos
- • Um mês depois, porém, o caso sofre uma reviravolta: promotores passam a duvidar da credibilidade da vítima, que mentiu nos depoimentos, e DSK ganha liberdade condicional, podendo até ser inocentado
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Strauss-Kahn foi detido em maio, em Nova York, depois que a camareira de um hotel onde ele estava hospedado o acusou de estupro. Recentemente, um laudo médico confirmou que existem sinais de abuso sexual no corpo da mulher, apesar de a promotoria ainda desconfiar da credibilidade do depoimento da vítima. Pouco depois, uma jornalista francesa afirmou publicamente que o ex-ministro das Finanças francês havia tentado estuprá-la também.
O prazo para inscrição nas eleições primárias francesas era 13 de julho passado. Neste momento, a maior parte dos apoiadores de Strauss-Kahn já optou por outros nomes. Apesar disso, Hollande disse à rádio France Inter: “Não importa o que já foi dito, um homem com as capacidades de Dominique Strauss-Kahn pode ser útil ao seu país nos próximos meses e anos”. Antes do escândalo, DSK era o candidato favorito para enfrentar Nicolas Sarkozy nas eleições presidenciais de 2012.