DSK fará primeira aparição televisionada após a detenção
No próximo domingo, ex-diretor do FMI participa de programa da emissora TF1
O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn falará pela primeira vez em público após sua detenção e retorno à França. Sua aparição será no próximo domingo, no telejornal de máxima audiência da emissora TF1. A cadeia francesa terá Strauss-Kahn como o convidado especial de seu telejornal das 20 horas locais.
Entenda o caso
- • Em 14 de maio, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso, acusado de abuso sexual pela camareira de um hotel de luxo de Nova York. Uma semana depois, foi colocado em prisão domiciliar.
- • Como consequência do escândalo, foi obrigado a renunciar à chefia do FMI e à candidatura à Presidência da França em 2012 – para a qual era um dos favoritos.
- • Um mês depois, porém, o caso sofre uma reviravolta: promotores passam a duvidar da credibilidade da vítima, que mentiu nos depoimentos, e DSK ganha liberdade condicional.
- • No dia 23 de agosto de 2011, um juiz em Nova York decide retirar todas as acusações contra ele, encerrando o caso.
Leia mais no Tema ‘Strauss-Kahn na Justiça’
O político e economista francês responderá ao vivo às perguntas de Claire Chazal. A apresentadora que pode ser a razão pela qual Strauss-Kahn aceitou este comparecimento, devido à amizade que a une à sua esposa, a jornalista aposentada Anne Sinclair.
O dia e o formato escolhidos para que o político francês se explique publicamente foi objeto de especulação desde que um juiz nova-iorquino o liberou, no final de agosto, das acusações penais por abuso sexual e tentativa de estupro interpostas por uma camareira de um hotel de Nova York.
Desabafo – O jornal Le Monde antecipou no início deste mês que a intenção de DSK (como o político é conhecido na França) é “reconstruir uma relação com a opinião pública que permita mostrar que ainda pode ser útil ao país”, apesar de seus advogados lhe recomendarem que não dê detalhes do que aconteceu no hotel nova-iorquino.
Até o momento, suas únicas declarações aconteceram em 23 de agosto em Nova York, quando expressou seu alívio pelo fim do processo penal e o desejo de retornar à França. “É o fim de um teste terrível e injusto. Me expressarei mais amplamente quando estiver novamente na França”, disse DSK sobre o caso, que acabou com sua carreira no FMI e teve prejuízo irremediável às suas aspirações à Presidência, já que seu nome aparecia como o mais forte do bloco socialista para o pleito.
A ideia dos franceses mudou desde então, e as últimas pesquisas, feitas no fim de agosto, apontam que metade dos cidadãos ouvidos não quer que DSK “participe do debate político nos próximos meses”. Entre seus antigos companheiros de fileira, a cautela com a qual aguardaram o desenvolvimento do processo judicial deu lugar a uma distância mais ou menos velada.
(Com agência EFE)