Dono de balsa que afundou morreu com malas de dinheiro
O corpo do empresário Yoo Byung-un foi identificado apenas um mês depois de ter sido encontrado. Chefe de polícia foi demitido pelo atraso na investigação
Por Da Redação
23 jul 2014, 10h26
O homem mais procurado da Coreia do Sul, Yoo Byung-un, que foi encontrado em avançado estado de decomposição em meio a um pomar no mês passado e identificado nesta terça-feira, evitou a prisão se escondendo em uma sala oculta por uma parede em uma cabana de madeira, junto com malas de dinheiro, disseram os promotores do caso nesta quarta-feira. A causa da morte do empresário ainda está sendo investigada e a polícia não descarta a hipótese de suicídio.
O chefe de polícia encarregado do caso foi demitido na terça-feira por não ter relacionado o corpo com o caso do empresário dono da balsa, que estava foragido, prejudicando a investigação. O corpo de Yoo Byung-un, de 73 anos, apontado como o dono e responsável pela balsa que naufragou em abril, foi encontrado ao lado de uma cópia de um livro de sua autoria e de garrafas vazias de bebida alcoólica. Ao retornarem à cabana no mês passado, seguindo uma pista dada pelo testemunho de um assistente, a polícia encontrou duas maletas contendo um total de 830 milhões de wons sul-coreanos (1,7 milhão de reais) e 160.000 dólares (352.000 reais).
A cabana fica nos arredores de Suncheon, cidade no sul do país, a cerca de dois quilômetros do pomar de ameixas onde foi encontrado o corpo. Yoo era o chefe da família proprietária da empresa que operava a Sewol, balsa que afundou no dia 16 de abril enquanto viajava para a ilha de Jeju, matando 304 pessoas, na maioria adolescentes.
O empresário conseguiu escapar da maior operação de busca do país e sua fuga acabou se tornando um problema político para a presidente Park Geun-hye, cujo governo passou a ser duramente criticado pelo modo como lidou com o desastre. Nesta terça, a polícia informou que o corpo em avançado estado de decomposição encontrado no dia 12 de junho por um fazendeiro havia sido identificado como sendo de Yoo por meio das digitais e de exames de DNA.
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Acusações – Apesar de não possuir ações da companhia, Yoo Byung-eun era considerado na prática como o dono da empresa Cheonghaejin Marine, a proprietária da embarcação Sewol, e foi apontado como responsável pelo acidente por supostamente ter burlado normas básicas de segurança no mar – por exemplo, transportava o triplo da carga permitida – através de subornos a funcionários.
Além disso, a Promotoria acusou Yoo de desvio de fundos, evasão e suborno depois que as investigações realizadas após o naufrágio descobriram supostas transações ilegais tanto da Cheonghaejin Marine, como de suas filiais, além da Igreja Evangélica Batista ligada ao conglomerado empresarial da qual é fundador e influente membro. Um porta-voz dessa igreja garantiu à agência local de notícias Yonhap que “não acredita na versão” da polícia de que o corpo encontrado em Sucheon seja o do empresário.
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