Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Derrotado nas urnas, Maduro anuncia a criação de um “Parlamento paralelo”

O "Parlamento Comunal" foi criado na última sessão regular da Assembleia Nacional, que também marcou encontros extras para nomear novos magistrados chavistas

Por Da Redação
16 dez 2015, 07h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Derrotado de maneira inequívoca nas eleições legislativas, o presidente venezuelano Nicolás Maduro, disse que dará “todo o poder” ao “Parlamento Comunal” que foi instalado nesta terça-feira pelo presidente da Assembleia Nacional, o governista Diosdado Cabello. A criação do chamado “Parlamento paralelo” foi muito criticada pela oposição, vencedora das eleições, que afirma que a ação não é constitucional.

    Publicidade

    “O Parlamento Comunal será uma instância legislativa do povo desde a sua base”, disse Maduro na noite desta terça-feira durante seus programas de rádio e televisão, ambos em cadeia nacional. Segundo o próprio chavista, foram nomeados 600 legisladores “de todos os Parlamentos Comunais de base” para a “revolução bolivariana” seguir “em direção ao Estado comunal” – seja lá o que for isso. Ele, no entanto, não divulgou detalhes de como será seu funcionamento e tampouco quais seriam as atribuições do Parlamento Comunal.

    Publicidade

    Leia também

    Começo do fim: Chavismo realiza última sessão parlamentar com a maioria na Assembleia

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Maduro faz novas ameaças e pede que militares preparem-se ‘para lutar’

    Maduro diz que vetará leis de anistia na Venezuela

    Publicidade

    A aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) reprovou o que rotulou de “ameaças” do governo, após a nomeação do “Parlamento paralelo” assim como a convocação à “rebelião” feita por Maduro. “O único parlamento que nossa Carta Magna menciona e reconhece é a Assembleia Nacional, e essa mesma Carta estabelece que a voz do povo soberano, que se expressou nas urnas no dia 6 de dezembro, é um mandato que deve ser obedecido por todos”, afirmou secretário-executivo da MUD, Jesus Torrealba.

    Continua após a publicidade

    Sessões extraordinárias – A oposição venezuelana também criticou a convocação feita pela maioria chavista na última sessão regular do Parlamento neste ano para sessões extraordinárias visando eleger uma dúzia de magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) antes da posse na nova Assembleia, no dia 5 de janeiro. Nesta terça, o presidente da Assembleia e número dois do governo, Diosdado Cabello, anunciou a prorrogação do período legislativo. A Assembleia Nacional debaterá nos dias 22 e 23 de dezembro para “eleger os magistrados, que serão empossados no mesmo dia”, disse Cabello. “É um processo irregular pretender no último minuto designar autoridades quando há uma nova realidade política no país”, afirmou o líder opositor Henrique Capriles, estimando que o governo ignora a Constituição.

    Publicidade

    Para Capriles, ações governistas “revelam como esses derrotados políticos são incapazes de se conectar com o desejo generalizado de paz do povo venezuelano”. No dia 6 de dezembro, a oposição venezuelana obteve uma vitória contundente nas eleições legislativas ao conseguir a maioria qualificada de dois terços com 112 deputados contra 55 do chavismo.

    (Da redação)

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.