A derrota do pré-candidato presidencial republicano Donald Trump na prévia partidária em Iowa para o senador Ted Cruz refletiu as limitações de sua estratégia de busca de votos e uma dependência excessiva de seu status de celebridade televisiva em um Estado em que os eleitores preferem um tratamento mais pessoal e afetuoso.
O bilionário de Nova York e ex-apresentador de reality show criou muito entusiasmo por sua mensagem anti-establishment, mas acabou sendo superado pela abordagem mais tradicional de Cruz, e ainda viu alguns indecisos se alinharem ao também senador Marco Rubio na última hora no caucus (assembleias de eleitores) de Iowa.
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Todas as principais pesquisas apontavam para uma vitória de Trump na primeira disputa pela indicação do Partido Republicano para a corrida pela Casa Branca e a derrota, embora não por uma margem grande, despertou dúvidas sobre a capacidade do magnata para se sair bem “no mundo real”.
Na semana passada, uma pesquisa da revista Time indicava que liderança do magnata pode ser apenas virtual. Como nos Estados Unidos o voto não é obrigatório, muitas pessoas que dizem que vão votar em Trump não são eleitores assíduos e há ainda muitos simpatizantes do bilionário que não são sequer eleitores – nunca se registraram para votar em nenhuma eleição anterior.
Equívocos – Contando com a vitória, Trump havia zombado dos demais candidatos nas horas que antecederam a votação. Para alguns, a estratégia Trump foi questionável. Ao invés de tentar duramente converter todo e qualquer republicano à sua causa, como fez Cruz, Trump partiu para o ataque e viu sua artilharia voltar contra ele mesmo.
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(Da redação)