O Parlamento da França iniciou nesta segunda-feira (3) a discussão para que se crie um passaporte da vacina.
Pela nova regra, o passe substituiria o atual atestado que apenas demonstra um resultado negativo para covid-19.
A nova lei, se aprovada, torna obrigatório que maiores de 12 anos apresentassem um certificado de vacinação válido para entrar em locais de lazer, como restaurantes e bares, assim como em trens.
Logo no início do debate, deputados aliados do governo do presidente Emmanuel Macron afirmaram que receberam ameaças de morte.
“Não vamos ceder”, afirmou a deputada Yael Braun-Pivet, que pertence ao partido Em Marcha, de apoio a Macron. “É a nossa democracia que está em jogo”, disse.
A França já vacinou 77% da população e iniciou a aplicação de uma dose de reforço para combater a variante ômicron, mais transmissível.
Mas mais de quatro milhões de adultos, porém, não foram vacinados, incluindo mais de um 1 milhão de pessoas com mais de 65 anos.
Para esse contingente expressivo, a vida pública será severamente restringida caso o governo aprove o novo passe vacinal.
O ministro da Saúde, Oliver Veran, afirmou que o objetivo do governo “não é restringir as liberdades, mas é salvar vidas”.
Em Paris, os últimos dias foram marcados por longas filas em centros de teste para o coronavírus. Muito afetada pela variante ômicron, a França vem registrando 200.000 novos casos por dia, um recorde.
Para tentar conter a disseminação, a prefeitura de Paris voltou a exigir o uso de máscara ao ar livre.