Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Delegações de 193 países dão aprovação final ao documento da Rio+20

Por Da Redação
19 jun 2012, 15h52

(Atualiza com detalhes do documento aprovado).

Rio de Janeiro, 19 jun (EFE).- Delegados dos 193 países que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) aprovaram nesta terça-feira o documento pactuado de madrugada que será apresentado aos líderes participantes da cúpula, que começa nesta quarta-feira.

O documento final, apresentado nesta manhã pela delegação do Brasil na qualidade de país-anfitrião da cúpula, foi aprovado ‘sem modificações’ em reunião plenária presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse um porta-voz da ONU à imprensa.

Com o sinal verde final de todas as delegações ao documento, denominado ‘O Futuro Que Queremos’, fica pronto para ser apresentado aos cerca de 100 chefes de Estado e de governo que de quarta a sexta-feira participarão da Rio+20.

As negociações do documento – considerado pouco ambicioso por entidades civis – foram ao fim conduzidas pela delegação brasileira, começaram no sábado passado e concluíram na madrugada desta terça-feira.

O texto estipulado tem como base a proposta brasileira, que reduziu significativamente o número de parágrafos do original que vinha sendo negociado em Nova York e eliminou as partes que geravam mais divergências.

Continua após a publicidade

Segundo negociadores brasileiros, os assuntos mais polêmicos foram superados com textos conciliadores e sem muitas especificações no documento, que conta com 283 parágrafos distribuídos em seis capítulos e 49 páginas, após ter começado com uma minuta de 200 páginas.

O documento destaca em vários pontos os aspectos sociais, como a erradicação da pobreza, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável com inclusão social.

O primeiro capítulo define o desenvolvimento sustentável como a ‘promoção sustentada, inclusiva e justa do crescimento econômico, criando maiores oportunidades para todos, reduzindo as desigualdades, elevar os padrões básicos de vida, promoção do desenvolvimento social equitativo e inclusão, e promover a gestão integrada e sustentável dos recursos naturais recursos e dos ecossistemas’.

Sobre a Economia Verde, outro tema polêmico pelas distintas concepções sobre o assunto, o documento reconhece que ‘existem diferentes abordagens, visões, modelos e ferramentas disponíveis para cada país, de acordo com suas circunstâncias e prioridades nacionais para alcançar o desenvolvimento sustentável’.

Alguns países pobres, assim como as ONGs, consideram a Economia Verde uma ferramenta do capitalismo para se apropriar e comercializar os recursos naturais, como água e florestas.

Continua após a publicidade

Quanto à proteção dos oceanos, no qual se esperava um acordo ambicioso e concreto, o texto apenas se refere à necessidade do uso sustentável da biodiversidade marinha e de criar um mecanismo internacional que possa tratar do assunto.

As divergências em torno do plano de promover o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) ao nível de agência especializada da ONU foram resolvidas com um novo texto que simplesmente exclui a ideia – que daria mais autonomia e orçamento próprio à entidade. O documento só menciona o fortalecimento e um ‘upgrade’ do Pnuma, mas sem se referir a um novo organismo.

O assunto que mais gerava divergências era o dos ‘meios de implementação’, ou seja, os recursos necessários para financiar os projetos de desenvolvimento sustentável e a transferência de tecnologia.

Após descartar-se uma proposta dos países pobres para a criação de um fundo com US$ 30 bilhões anuais, o texto cita fundos de múltiplas origens, como privados e de instituições multilaterais, para não limitar o financiamento às ajudas dos países ricos aos pobres.

O texto exclui qualquer menção a transferência de recursos financeiros, números ou novos fundos, embora preveja a criação de um fórum de alto nível na ONU para estudar esses mecanismos. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.