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Defesa Civil não acredita que haja sobreviventes nos escombros dos prédios

Por Da Redação
27 jan 2012, 17h14

Manuel Pérez Bella.

Rio de Janeiro, 27 jan (EFE).- A Defesa Civil do Rio de Janeiro afirmou nesta sexta-feira, após localizar o corpo da 11ª vítima, que não acredita mais na possibilidade de encontrar sobreviventes entre os escombros dos três edifícios que desabaram no Centro da cidade.

As equipes de busca e resgate trabalham de forma ininterrupta desde o momento do acidente, na noite da quarta-feira, e hoje conseguiram retirar sete cadáveres dos escombros dos três prédios na rua Treze de Maio, próxima à Cinelândia.

O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Luciano Sarmento, disse à Agência Efe que os trabalhos de buscas se encontram ‘na fase final’ e podem ser concluídos nesta noite ou amanhã.

‘Estamos em um momento crucial, acreditamos que as outras vítimas estão localizadas nessa área’, declarou o bombeiro, em alusão a uma montanha de escombros onde acredita-se que estão as ruínas de uma sala de aula onde dez pessoas assistiam a um curso noturno de informática no momento do acidente.

Os bombeiros confirmaram até o momento a recuperação dos corpos de cinco mulheres e quatro homens e de outras duas vítimas que estavam calcinadas devido a um pequeno incêndio deflagrado depois do desabamento.

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O número de desaparecidos é incerto, mas as autoridades acreditam que esteja entre 15 e 20 pessoas, em função das notificações realizadas por parentes.

O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, admitiu que não há mais esperança de encontrar algum sobrevivente pelo ‘cenário’ dos escombros e pelo tempo transcorrido desde quarta-feira passada.

Entre os desaparecidos está o primo da esposa do ex-jogador Jorginho, campeão do mundo em 1994 e que atualmente é treinador do Kashima Antlers, segundo ele mesmo informou através de uma rede social.

Um dos mortos, Celso Renato Braga Cabral Filho, de 46 anos, foi enterrado hoje coberto por uma bandeira do Flamengo em um cemitério da cidade de Niterói.

Cabral tinha 46 anos e trabalhava no departamento pessoal da empresa Tecnologia Organizacional (TO), apontada como responsável pelas obras que estavam sendo realizadas no prédio e que careciam de permissão oficial.

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As autoridades suspeitam que essas obras tenham sido a causa dos problemas de estabilidade do edifício mais alto, já que várias testemunhas disseram que foram derrubadas todas as paredes de um apartamento, embora a empresa tenha negado essa versão.

Jorge Willians, um advogado da empresa, disse à Efe que a obra não afetou a estrutura do edifício porque ‘todos os pilares eram externos’ e as únicas paredes derrubadas eram de tijolos e só serviam de ‘divisórias’.

A Polícia Civil informou por meio de sua assessoria que abriu inquérito para apurar as responsabilidades do desabamento. Nesta quinta-feira, o titular da 5ª DP (Mem de Sá), delegado Alcides Alves Pereira, ouviu sete testemunhas e dois policiais que prestaram socorro às vítimas logo após o incidente.

O trânsito nas ruas situadas nas imediações do Theatro Municipal permanece interditado. O secretário municipal de Obras Públicas, Carlos Roberto Osorio, disse que na próxima segunda-feira a rua Treze de Maio poderá ser reaberta ao público

O governo do Rio de Janeiro decretou três dias de luto a partir de hoje e suspendeu vários atos oficiais, entre eles a inauguração da ponte ligando o campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) à Linha Vermelha, da qual participaria a presidente Dilma Rousseff. EFE

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