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Cuba acusa EUA de provocarem protestos em massa na ilha

Principal diplomata dos EUA em Cuba foi convocado para uma reunião; multidão se manifestou em Santiago e outras quatro cidades contra apagões

Por Da Redação
Atualizado em 18 mar 2024, 19h44 - Publicado em 18 mar 2024, 19h43

Após os protestos que levaram milhares de pessoas às ruas em cinco cidades em Cuba – incluindo a segunda maior do país, Santiago –, Caracas acusou os Estados Unidos nesta segunda-feira, 18, de terem atiçado as manifestações contra o governo e de se intrometerem na política do país. Os atos de domingo 17 se disseram contra apagões generalizados e a escassez de alimentos dentro da ilha.

O imbróglio

O Ministério das Relações Exteriores cubano convocou o encarregado de negócios americano, Benjamin Ziff (que atua como embaixador na ausência de um), para uma reunião. Em um comunicado, a pasta afirmou que o encontro com o vice-ministro, Carlos Fernandez Cossio, transmitiu “formalmente sua firme rejeição ao comportamento intervencionista e às mensagens caluniosas [de Washington]”.

Os protestos de domingo duraram mais de 14 horas e foi o maior movimento de rua confirmado desde 2022 no país. Naquela época, a energia da ilha foi cortada durante uma semana em consequência ao furacão Ian. A televisão estatal de Cuba divulgou fotos e vídeos das manifestações e acusou “agitadores” baseados nos Estados Unidos de tentarem atiçar a raiva da população cubana contra o governo.

Na plataforma X, antigo Twitter, a Casa Branca afirmou que está monitorando os protestos e apenas incentiva o governo cubano a “respeitar os direitos humanos dos manifestantes a atender às necessidades legítimas do povo cubano”. Segundo um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, a acusação de Cuba é um “absurdo”.

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Relação gelada 

Há décadas que as relações entre Cuba e os Estados Unidos são repletas de conflitos. Segundo o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, a culpa pela situação atual da ilha, que enfrenta sua pior crise econômica em três décadas, é dos americanos e suas sanções econômicas. Desde 1960, com menor ou maior intensidade, a Casa Branca mantêm um embargo econômico contra o país latino-americano, impondo regras estritas ao comércio entre os países.

Nos últimos anos, as dificuldades econômicas em Cuba, onde há 11 milhões de habitantes, foram agravadas pela pandemia do coronavírus, que encolheu os rendimentos do Estado com turismo e provocou escassez de alimentos, combustíveis e medicamentos. Em fevereiro, o governo comunista solicitou ajuda ao Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, com um pedido sem precedentes de assistência para fornecer leite em pó a crianças menores de sete anos.

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