Cristina Kirchner pede a Cameron diálogo sobre Malvinas
Carta aberta ao premiê britânico foi publicada nesta quinta em vários jornais. Porém, o Ministério de Relações Exteriores da Grã-Bretanha já rejeitou o apelo
A presidente argentina, Cristina Kirchner, fez um pedido de diálogo com a Grã-Bretanha sobre as disputadas ilhas Malvinas em uma carta aberta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, publicada nesta quinta-feira em vários jornais britânicos. O Ministério de Relações Exteriores britânico, no entanto, já afirmou que rejeita o apelo argentino para as negociações.
Entenda o caso
- • As Ilhas Malvinas – Falkland, em inglês – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1833.
- • O arquipélago foi motivo de tensão entre os dois países até que, em 1982, o ditador argentino Leopoldo Galtieri comandou uma invasão ao território.
- • O governo britânico reagiu rapidamente, enviando às ilhas uma tropa quase três vezes maior do que a da Argentina, que se rendeu dois meses depois.
- • Na guerra morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.
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Argentina e Grã-Bretanha se enfrentaram em uma guerra de dez semanas em 1982 pelo domínio das ilhas remotas do Atlântico Sul, que formam parte dos territórios autônomos de ultramar da Grã-Bretanha. A presidente argentina marcou o trigésimo aniversário do conflito com uma campanha diplomática para fazer valer a soberania de seu país.
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A causa das Malvinas tem um apelo popular na Argentina, mas as investidas também têm sido reforçadas devido à exploração de petróleo em águas próximas às ilhas. Na carta aberta, Cristina acusou a Grã-Bretanha de violar as resoluções da ONU que instam ambos os países a negociarem uma solução para a disputa pelas Malvinas.
“Há 180 anos, a Grã-Bretanha se nega a devolver os territórios à Argentina, impedindo o restabelecimento de sua integridade territorial”, escreveu a presidente. “A questão das Ilhas Malvinas é também uma causa abraçada pela América Latina e pela grande maioria dos povos e governos de todo o mundo que rejeitam o colonialismo.”
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(Com agência Reuters)