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Crise climática penalizará G7 duas vezes mais que pandemia, sugere estudo

Previsão é que maiores economias industrializadas do mundo percam 8,5% do PIB anualmente, equivalente a cerca de 4 bilhões de euros, dentro de 30 anos

Por Da Redação Atualizado em 7 jun 2021, 11h59 - Publicado em 7 jun 2021, 11h41
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  • Estudante segura cartaz durante protesto contra mudanças climáticas em Barcelona, na Espanha - 24/05/2019
    Sem futuro? Estudante segura cartaz durante protesto contra mudanças climáticas em Barcelona, na Espanha  (Pau Barrena/AFP)

    As economias dos países ricos terão uma retração duas vezes maior do que a registrada durante a pandemia de Covid-19 caso não consigam enfrentar o aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa, sugere um novo estudo feito pela Oxfam e pelo Swiss Re Institute.

    O estudo foi publicado às vésperas de um encontro dos líderes do G7 — Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália — e da União Europeia para debater sobre a economia global, vacinas e a crise climática. O evento está marcado para a próxima sexta-feira 11.

    Por causa da pandemia de Covid-19, as economias do G7 diminuíram cerca de 4,2% em média. As perdas econômicas decorrentes da crise climática até 2050, no entanto, seriam superiores. Os países membros do G7, as maiores economias industrializadas do mundo, perderão 8,5% do Produto Interno Bruto anualmente, o equivalente a cerca de 4 bilhões de euros, dentro de 30 anos, se as temperaturas subirem 2,6°C, como é esperado que aconteça.

    Um aumento de 2,6°C na temperatura, além disso, resultaria em uma perda de 12,5% da produção da Austrália. A Coreia do Sul, por sua vez, perderia quase um décimo de seu potencial econômico, enquanto a economia indiana seria cortada em um quarto.

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    “A crise climática já está devastando vidas em países mais pobres, mas as economias mais desenvolvidas do mundo não estão imunes”, diz Danny Sriskandarajah, chefe-executivo da Oxfam no Reino Unido.

    O estudo afirma que a economia do Reino Unido, por exemplo, pode perder 6,5% por ano até 2050 nas atuais políticas e projeções, em comparação com 2,4% se os objetivos do acordo climático de Paris fossem atingidos.

    Segundo Jerome Haegeli, economista-chefe do Swiss Re, “as alterações climáticas são o risco número um a longo prazo para a economia global”. Para isso, é preciso “mais progresso por parte do G7, não só obrigações de redução de CO2, mas também ajudar os países em desenvolvimento”.

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    Preparando o palco para o encontro dos líderes dos G7, os ministros das Finanças das sete principais economias mundiais se encontraram no último fim de semana. Entre outros pontos abordados, concordaram em dar um passo para exigir que empresas divulguem seus riscos climáticos, algo que consideram crucial para a transição energética.

    “Somos a favor da publicação obrigatória de dados financeiros relacionados ao clima, que forneçam informações confiáveis e úteis para a tomada de decisões aos participantes do mercado”, declararam as autoridades em um comunicado conjunto ao final de dois dias de reuniões em Londres.

    As declarações obrigatórias, que incluem dados de emissões de CO2, serão aplicáveis a todas as grandes empresas e têm objetivo de avaliar melhor o impacto financeiro da crise climática, além de apoiar a transição ecológica dos países que desejam alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

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    A medida também é favorável a investidores que financiam grandes grupos e que estão cada vez mais preocupados com o impacto das mudanças climáticas nas empresas, seja por seus resultados, seja por sua reputação.

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