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Covid-19: Reino Unido compra 60 milhões de doses de vacina

Ao todo, governo britânico conta com um estoque de pelo menos 250 milhões de unidades de quatro vacinas experimentais diferentes

Por Caio Mattos Atualizado em 29 jul 2020, 15h41 - Publicado em 29 jul 2020, 15h38

O governo do Reino Unido selou nesta quarta-feira, 29, a compra de 60 milhões de unidades de uma vacina experimental para a Covid-19 na expectativa de que ela funcione e possa ser usada no futuro. O acordo foi anunciado no mesmo dia em que funcionários do serviço público de saúde britânico, o National Health Service (NHS), convocaram uma manifestação em Londres.

As 60 milhões de doses são de uma vacina em desenvolvimento pela empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) em parceria com a francesa Sanofi Pasteur.

O jornal britânico The Guardian afirmou que o projeto começará em setembro a fase de testes clínicos, etapa anterior aos testes em voluntários. Estes só deverão ocorrer a partir de dezembro.

A Sanofi afirmou que, se todas as etapas de testes forem bem sucedidas, a vacina deve estar disponível no mercado a partir do primeiro semestre de 2021, segundo a emissora britânica BBC.

O governo britânico não revelou quanto custou a compra das 60 milhões de doses.

Além desse projeto realizado pela GSK e pela Sanofi, o Reino Unido já havia selado a compra de 100 milhões de doses de uma vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford, que já realiza testes em voluntários no Brasil e nos Estados Unidos, e mais 90 milhões de unidades de outras duas vacinas experimentais diferentes.

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Assim, o estoque britânico total de possíveis vacinas para a Covid-19 chega a pelo menos 250 milhões de doses. Segundo o Guardian, as autoridades pretendem comprar mais unidades de outras oito vacinas diferentes.

A líder da força-tarefa do governo britânico para o desenvolvimento de uma vacina, Kate Bingham, porém, admitiu que “o provável é que a maioria dessas [vacinas] falhe”.

A política de compra de vacinas experimentais do Reino Unido é alvo de críticas por promover a nacionalização da cura da Covid-19, o que prejudica países que não têm condições financeiras para investir em vacinas experimentais.

Na corrida por uma vacina, os Estados Unidos proibiram empresas farmacêuticas americanas de comercializarem vacinas com governos ou instituições de saúde de outros países. A União Europeia, como bloco, já comprou 400 milhões de doses da vacina de Oxford.

Protestos no NHS

Enquanto isso, também nesta quarta-feira, centenas de funcionários do NHS se mobilizaram em frente à residência oficial do premiê, Boris Johnson, na Downing Street, em Londres, exigindo reajustes salariais.

Na semana passada, o governo britânico aumentou em pouco mais de 3% os salários de 900.000 funcionários públicos. Com exceção dos médicos, grande parte dos profissionais de saúde, como enfermeiros, ficou fora do aumento.

Independentemente da pandemia, o próximo reajuste de salário para todos os funcionários do NHS está previsto apenas para abril de 2021, segundo a imprensa britânica.

Além disso, como relatado pelo The Guardian, apenas 19 famílias de funcionários do NHS mortos na luta contra a Covid-19 receberam a compensação de 60.000 libras (equivalente a cerca de 400.000 reais). Ao menos 540 funcionários do NHS morreram pela doença até o início de julho.

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