Coronavírus: líder de partido nacionalista irlandês testa positivo

Mary Lou McDonald, de 50 anos, está se recuperando e espera poder voltar a trabalhar dentro de uma semana

Por Da Redação
Atualizado em 14 abr 2020, 13h03 - Publicado em 14 abr 2020, 12h49

Mary Lou McDonald, líder do Sinn Féin, teve complicações enquanto se recuperava da Covid-19, mas tratamento surtiu efeito positivo - 09/02/2020 (Phil Noble/Reuters)

A líder da sigla irlandesa Sinn Féin, Mary Lou McDonald, de 50 anos, disse nesta terça-feira, 14, que seu teste para Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, realizado no fim de março, deu positivo. Entretanto, ela já não demonstra mais os sintomas e deve retornar ao trabalho dentro de uma semana.

“Na tarde de ontem, eu recebi o diagnóstico positivo para Covid-19 de um exame que realizei no sábado, 28 de março”, disse McDonald em um comunicado. Os médicos “me informaram que eu não estou mais infectada ou que posso infectar (outras pessoas), e isso é um grande alívio para mim, após não ter me sentindo bem por semanas.”

“Eu tive algumas complicação no fim de semana”, continuou. “Mas estou tomando medicamentos e respondendo muito bem, espero que consiga voltar a trabalhar na semana que vem”, concluiu.

O partido que Mcdonald lidera ganhou os holofotes nas últimas eleições gerais na República da Irlanda. Uma sigla pequena, estigmatizada por ter sido o braço político do grupo terrorista Exército da República da Irlanda (IRA), o Sinn Féin recebeu a maioria dos votos no pleito de fevereiro.

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Apesar de ter conquistado 24,5% dos votos sob uma bandeira de renovação política, moradia e de maiores gastos com saúde publica, o Sinn Féin não ganhou o direito de negociar um governo. Os partidos tradicionais, Fianna Fáil (22% dos votos) e Fine Gael (21%), do primeiro-ministro Leo Varadkar, saíram como vencedores e ainda tentam formar uma coalizão sem a presença do Sinn Féin.

Na Irlanda foram diagnosticados 10.647 casos de Covid-19 e 365 mortes relativas à doença, segundo levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins. No mundo, o número de casos de contaminação beira 2 milhões enquanto o total de mortes ultrapassa 120.000. O pior cenário continua nos Estados Unidos, com 582.634 infectados e 23.649 mortos.