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Coreia do Sul avança para proibir o consumo de carne de cachorro

Costume tradicional atrai críticas do exterior há tempos, mas rechaço no próprio país, especialmente da geração mais jovem, capitaneou a mudança

Por Da Redação
17 nov 2023, 09h23
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  • Membros da Associação Coreana de Proteção Animal realizam uma conferência de imprensa em Seul, em 16 de novembro de 2021, em Seul, Coreia do Sul. Eles estão realizando uma apresentação para exigir promessas de políticas de bem-estar animal, incluindo a “proibição da carne de cachorro”, condenando os comentários do candidato presidencial do Partido do Poder Popular, Yoon Seok-yeol, que disse em 31 de outubro que “comer cachorros é algo separado”. (Foto de Chris Jung/NurPhoto via Getty Images) (Chris Jung/Getty Images)

    Yu Eui-dong, chefe político do Partido do Poder Popular, que governa a Coreia do Sul, disse nesta sexta-feira, 17, que o governo deve proibir o consumo de carne de cachorro, em meio à crescente conscientização sobre os direitos dos animais.

    A tradição coreana de comer cachorro atrai críticas do exterior há tempos, mas a mudança foi capitaneada devido a uma oposição crescente no próprio país, especialmente por parte das gerações mais jovens.

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    “É hora de pôr fim aos conflitos sociais e às controvérsias em torno do consumo de carne de cachorro através da promulgação de uma lei especial para acabar com isso”, disse Yu, em uma reunião com autoridades do governo e ativistas dos direitos dos animais.

    Uma pesquisa da Gallup Coreia, conduzida no ano passado, revelou que 64% da população se opõe ao consumo de carne de cachorro. Além disso, apenas 8% dos entrevistados haviam comido cães no ano anterior, uma queda significativa, de quase vinte pontos percentuais, em relação a 2015.

    Yu acrescentou que o governo e o partido no poder apresentarão um projeto de lei ainda neste ano para impor a proibição, afirmando que, com o esperado apoio bipartidário, o projeto deve ser aprovado no parlamento.

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    O Ministro da Agricultura, Chung Hwang-keun, declarou na reunião que o governo implementaria a proibição de forma rápida, ao mesmo tempo que forneceria o máximo apoio possível para os produtores de carne de cachorro.

    A primeira-dama sul-coreana, Kim Keon Hee, tem criticado veementemente o consumo de carne de cachorro. Junto com seu marido, o presidente Yoon Suk Yeol, adotou vira-latas de rua.

    Outros projetos para proibir o consumo de cachorro, porém, já fracassaram no passado. O lobby de pessoas envolvidas na indústria e a preocupação com a subsistência de agricultores e proprietários de restaurantes foram os principais motivos.

    Agora, a nova proposta incluirá um período de carência de três anos e apoio financeiro para as empresas envolvidas no setor deixarem o comércio.

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    Comer carne de cachorro é uma prática antiga na península coreana e é vista como uma forma de driblar o calor do verão. No entanto, é muito menos comum hoje na Coreia do Sul, embora algumas pessoas mais velhas ainda sustentem a tradição, e a iguaria seja servida em alguns restaurantes.

    De acordo com dados do governo sul-coreano, existem cerca de 1.150 fazendas de criação de cães, 34 matadouros, 219 empresas de distribuição e cerca de 1.600 restaurantes que servem carne de cachorro no país.

    Grupos de direitos dos animais comemoraram a perspectiva de uma proibição.

    “É um sonho que se tornou realidade”, afirmou a Humane Society International em um comunicado.

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