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Coreia do Norte disparou míssil com potencial para atingir EUA, diz Japão

Este é o terceiro teste de Pyongyang com mísseis balísticos intercontinentais no ano e especialistas destacam o amadurecimento do seu programa militar

Por Da Redação 18 dez 2023, 11h20

A Coreia do Norte lançou um possível míssil balístico intercontinental na manhã desta segunda-feira, 18, o que analistas dizem indicar uma crescente confiança no programa de armas do país. De acordo com uma avaliação preliminar do Ministério da Defesa do Japão, o projétil possui alcance suficiente para atingir qualquer lugar dos Estados Unidos, do outro lado do Pacífico.

“O míssil balístico da classe ICBM lançado desta vez, se calculado com base na trajetória, dependendo do peso da ogiva, poderia ter um alcance de voo de mais de 15 mil quilômetros, o que significa que todo o território dos Estados Unidos estaria dentro do seu alcance”, disse Shingo Miyake, vice-ministro parlamentar da Defesa.

As autoridades japonesas relataram que o míssil voou por cerca de 73 minutos, a uma altitude de 6 mil quilômetros e distância de 1 mil quilômetros antes de cair no mar, a oeste da ilha de Hokkaido, no norte do Japão. Seria necessário, porém, realizar uma trajetória mais plana para atingir os Estados Unidos, o que Pyongyang ainda tem de provar ser capaz.

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Amadurecimento do programa norte-coreano

Embora não seja possível dizer o tipo de míssil disparado pelos norte-coreanos, analistas sugerem que se trata de um Hwasong-18, um poderoso foguete de combustível sólido, o que configuraria como o terceiro teste de um projétil como este. O ICBM da Coreia do Norte também foi lançado em abril e julho, o que revela um certo amadurecimento do programa bélico do país.

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Após o teste de abril, o líder do país, Kim Jong-un, disse que o Hwasong-18 forneceria “poderosos meios de ataque estratégico” e aumentaria as capacidades nucleares da Coreia do Norte. Ele é um míssil de combustível sólido, mais avançado, o que permitiria ataques nucleares de longo alcance mais rápidos.

Os ICBMs de combustível sólido são mais estáveis e podem ser movidos mais facilmente para evitar uma detecção antes de um lançamento, que pode ser realizado em questão de minutos. Já os mísseis de combustível líquido que podem precisar de horas antes do lançamento, dando tempo para os adversários para detectar e neutralizar a arma.

Especialistas afirmam que o objetivo de Kim é de igualar as capacidades militares de Pyongyang às de outras nações, como os Estados Unidos.

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Dois mísseis em 24 horas

O lançamento de segunda-feira foi o segundo de um míssil balístico da Coreia do Norte em menos de 24 horas. Na noite de domingo 17, um míssil balístico de curto alcance foi lançado em direção às águas da costa leste da Península Coreana.

Esse míssil voou cerca de 570 quilômetros antes de cair na água. Pouco depois de Seul ter relatado o lançamento do míssil, a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA publicou uma declaração do porta-voz do Ministério da Defesa do país, condenando o que chamou de “provocações militares imprudentes” por parte dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.

Pyongyang citou a reunião do Grupo Consultivo Nuclear (NCG) em Washington, em 15 de dezembro, na qual os americanos e sul-coreanos anunciaram exercícios militares conjuntos, marcados para agosto de 2024. O porta-voz também lembrou da chegada de um submarino nuclear dos Estados Unidos à Coreia do Sul na semana passada, alegando que Washington “traçou um plano perigoso para uma guerra atômica”.

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