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Contra a China, Biden fecha acordo de submarinos nucleares com Austrália

Plano envolve EUA, Reino Unido e Austrália, com objetivo de contrapor poder naval chinês; Pequim acusa o trio de proliferação de armas nucleares

Por Da Redação
Atualizado em 14 mar 2023, 09h19 - Publicado em 14 mar 2023, 08h57

Os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido revelaram, na noite de segunda-feira, 14, detalhes de um plano para fornecer à Austrália submarinos de ataque movidos a energia nuclear a partir do início da década de 2030. O objetivo do acordo é conter as ambições da China no Indo-Pacífico.

Sob o plano, chamado AUKUS, os Estados Unidos pretendem vender à Austrália três submarinos movidos a energia nuclear construídos pela General Dynamics, no início da próxima década. O projeto ainda prevê a fabricação de uma nova classe de submarinos – SSN-AUKUS – uma embarcação “desenvolvida trilateralmente”, construída no Reino Unido e na Austrália, com ” tecnologias de ponta” americanas.

Além disso, o acordo vai implantar submarinos americanos e britânicos não nucleares na Austrália Ocidental até 2027, para ajudar a treinar tripulações australianas e fazer frente à China.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o AUKUS é parte de um compromisso compartilhado com um mundo livre e a região aberta do Indo-Pacífico, com dois dos “aliados mais robustos e capazes” de Washington.

Ao lado do colega americano em uma base naval em San Diego, o premiê britânico, Rishi Sunak, afirmou que o trio construiu “uma parceria poderosa”, acrescentando: “Pela primeira vez, isso significará três frotas de submarinos trabalhando juntas no Atlântico e no Pacífico, mantendo nossos oceanos livres nas próximas décadas”.

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O AUKUS será a primeira vez que Washington compartilha tecnologia de propulsão nuclear desde 1950, quando o fez com o Reino Unido no contexto da Guerra Fria. Biden enfatizou, contudo, que os submarinos seriam movidos a energia nuclear, não armados com armas nucleares: “Esses barcos não terão armas nucleares de nenhum tipo”, disse.

O acordo vai ser caro para a Austrália, com custo estimado em até US$ 245 bilhões (R$ 1,28 trilhões) até 2055. O primeiro-ministro do país, Anthony Albanese, disse esperar que o AUKUS gere frutos, criando cerca de 20.000 empregos diretos nos próximos trinta anos.

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A China não ficou nada feliz. Após o anúncio, a missão permanente da China nas Nações Unidas escreveu no Twitter que o plano “constitui sérios riscos de proliferação nuclear, mina o sistema internacional de não proliferação, alimenta corridas armamentistas e prejudica a paz e a estabilidade”.

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Nesta terça-feira, 14, Pequim acusou os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália de embarcar em um “caminho de erro e perigo” com o AUKUS.

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“Os três países, em nome de seus próprios interesses geopolíticos, desconsideram completamente as preocupações das comunidades internacionais e estão caminhando cada vez mais no caminho do erro e do perigo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, durante uma coletiva de imprensa.

Já o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan saudou o acordo, dizendo que ajudaria a combater a “expansão autoritária” na região.

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